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PCP assinalou na rua os cem anos da fundação do partido

Marlene Sousa

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Cerca de meia centena de pessoas participou nas Caldas da Rainha, no passado sábado, nas comemorações dos cem anos de existência do PCP. Colocando-se junto a marcações no chão da Rua Miguel Bombarda para cumprirem o distanciamento decretado como medida de prevenção da Covid-19, os apoiantes do partido fizeram a festa possível
Comemorações na Rua Rua Miguel Bombarda

Antes do discurso de Ângelo Alves, membro da Comissão Política do Comité Central e responsável pela Organização Regional de Leiria, houve um momento cultual. O cenógrafo e ator, José Carlos Faria, ex-candidato da CDU à presidência da Câmara das Caldas, declamou o poema do poeta Manuel Gusmão, “Uma chama não se prende”, em memória de Álvaro Cunhal, a grande referência do partido. Leu ainda o poema de Pablo de Neruda “Ao meu partido”.

Momento alto foi também a música de Nelson Rodrigues. Cantou a música de Zeca Afonso “A Morte Saiu à Rua” e a canção “Portugal Renascido”, da autoria do poeta José Carlos Ary dos Santos.

“Problemas do país agravados pelo aproveitamento da pandemia”

No seu discurso Ângelo Alves, disse que os problemas do país estão hoje agravados pela “epidemia e pelo aproveitamento que o grande capital dela faz, para servir os seus interesses imediatos de acumulação e maximização do lucro, aprofundando a exploração e as desigualdades, com o aumento do desemprego e os cortes de salários”. Também com os “encerramentos compulsivos de atividades, ampliando problemas sociais que atingem, em particular, os trabalhadores, as crianças, a juventude e as mais diversas camadas da população”.

Para o membro da Comissão Política do Comité Central, a grave situação que o país enfrenta não se “ultrapassa com o governo do PS amarrado às opções nucleares da política de direita, inviabilizando as respostas necessárias à solução dos problemas nacionais”.

Vive-se em Portugal “uma degradada situação social, em que se empobrece a trabalhar e com imposição de um modelo de baixos salários, reformas e pensões”.

“Nem com o PSD, o CDS e os seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal apostados no relançamento do seu retrógrado e antidemocrático projeto de destruição das conquistas que permanecem de abril e de subversão da constituição, para impor um brutal retrocesso na vida dos portugueses”, sustentou.

Num discurso de cerca de 15 minutos, o comunista destacou o papel do partido na história da democracia portuguesa e na construção de soluções à esquerda. “Temos de facto capacidade e força”, afirmou. “E para isso foram indispensáveis a dedicação e o trabalho de gerações de intrépidos combatentes, mulheres, homens e jovens de grande coragem e dedicação à causa da emancipação dos trabalhadores e do povo”. Explicou o motivo da longevidade do partido, que “reside no facto de ele ser portador de uma teoria revolucionária – o marxismo-leninismo – ferramenta teórica de interpretação do mundo orientada para a sua transformação. Foi e é a aplicação “correta, ligada à prática dessa teoria, enriquecida com a nossa própria experiência, que nos permitiu definir uma linha política correta e formas de organização e ação adaptadas aos diversos contextos e realidades em que tivemos de agir”, adiantou.

“Defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e do povo”

Ângelo Alves sublinhou que é o partido que “esteve e está na frente da luta, como nenhum outro, contra a política de direita e contra o poder reconstituído dos monopólios, e que organizou e organiza a defesa contra a ofensiva de destruição das conquistas de abril conduzida pelo PS, PSD e CDS ao serviço do grande capital”.

Cem anos depois, “aqui estamos e aqui continuamos – projetando a nossa ação para o futuro, prontos e determinados a continuar a luta ao serviço do povo e do país”.

Comemorar o centenário do PCP é para Ângelo Alves homenagear o papel que lhe é justamente reconhecido como o “partido da luta em defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e do povo pela liberdade, democracia e progresso social”.

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