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População em maior risco de vir a desenvolver diabetes

Marlene Sousa

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Perante uma infeção por Covid as pessoas com diabetes são mais vulneráveis a desenvolver complicações graves e têm maior risco de mortalidade. Mara Marques, especialista em Medicina Geral e Familiar, explicou ao JORNAL DAS CALDAS as “medidas e cuidados a ter para prevenir e controlar a diabetes”.
Mara Marques alerta para uma alimentação saudável e a prática de exercício físico para controlar a diabetes

Portugal é o país da União Europeia com mais diabéticos. Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Mara Marques disse que em Portugal as conclusões do Inquérito Nacional de Saúde revelaram que mais de metade (53,5%) da população adulta em 2019 tinha excesso de peso ou era obesa, fator este que, a par de outros, coloca a população portuguesa em maior risco de vir a desenvolver diabetes.

Porque é que temos tantos doentes com diabetes? Mara Marques explica que “um dos fatores que poderá contribuir para o aumento dos números desta doença no mundo está relacionado com o facto de que ao aumentarmos a esperança de vida também aumentamos a suscetibilidade a doenças tais como a diabetes tipo 2”.

“Também sabemos que para o desenvolvimento da diabetes tipo 2 contribuem vários fatores, uns não modificáveis como a hereditariedade, e outros modificáveis como o estilo de vida (sedentarismo, excesso de peso e obesidade)”, alertou.

Quanto aos cuidados de saúde, a médica do Centro de Saúde das Caldas da Rainha diz que é importante manter “as consultas de vigilância e continuar a promover sempre os autocuidados nestes doentes”. “Os autocuidados são fundamentais no controlo desta doença. Desde uma alimentação cuidada, à prática de exercício físico (existem sempre alternativas mesmo para aqueles que possam estar condicionados na sua mobilidade e também exercícios que possam realizar em casa, sem ter de sair)”, informou.

Segundo a profissional de saúde, existem várias iniciativas neste sentido, nomeadamente “na nossa cidade temos o programa Seniores Mais, que tem disponibilizado vídeos com exercícios para fazer em casa, ajudando a todos se manterem mais ativos”.

“Vigiar as suas glicémias, quando indicado pelo médico, medir a tensão arterial com regularidade e estar atento aos sinais de alarme, e caso surjam não deverão ter receio de procurar os cuidados de saúde, como o hospital”, alertou.

Não obstante o receio da Covid-19, Mara Marques salienta que “continuam a existir outras doenças que igualmente matam, nomeadamente doenças do foro cardiovascular, que estes doentes estão em maior risco, tais como AVC e enfartes”. Na dúvida de algum sintoma de alarme “deverão contactar a Linha SNS 24 ou 112”.

O mundo continua a esconder-se de uma pandemia que tem provocado situações muito preocupantes na saúde e na economia.

A especialista em Medicina Geral e Familiar disse que têm surgido cada vez mais “utentes com queixas de ansiedade na consulta”.

Segundo a médica, há muitas famílias que “estão a sofrer economicamente com a pandemia”. “Tenho vários utentes que perderam os seus trabalhos e outros que se encontram em situação economicamente mais frágil. Todos estes fatores são ansiogénicos”, salientou.

Número de teleconsultas subiu abruptamente

Apesar da grande maioria dos idosos ainda se sentir mais isolada do que antes da pandemia, Mara Marques diz que atualmente “são as gerações mais novas que estão a sofrer mais, pelo impacto económico da pandemia nas suas vidas, muitos com salários que sofreram reduções por lay-off ou que não podem estar a trabalhar”.

Outro fator que tem vindo a constatar que tem gerado muita ansiedade é o “encerramento das escolas”. “Tenho uma boa parte dos pais com filhos em idade escolar com elevados níveis de ansiedade, pois não é fácil conciliar toda a sua atividade profissional, mesmo que em teletrabalho, com as atividades escolares das crianças”, apontou.

A responsável alertou para a necessidade de “estarmos em alerta para todos os sintomas que possam ser sugestivos de Covid-19”.

É importante reconhecer quais os sintomas sugestivos, que podem ser, entre outros, a febre, a tosse, a perda de olfacto ou paladar. “Os espirros não são sintoma sugestivo de Covid-19, mas sim de patologia do foro alérgico”, esclarece.

O número de teleconsultas subiu abruptamente nesta pandemia. Apesar de já ser um meio de consulta explorado em alguns privados e em alguns países como os nórdicos já desde há algum tempo, em Portugal “sempre privilegiamos mais o contacto próximo com o doente”.

Segundo Mara Marques, no Serviço Nacional de Saúde, além das consultas que têm de ser “obrigatoriamente feitas desta forma aos nossos doentes com suspeita ou confirmados de Covid-19 e que estão em isolamento nas suas casas, acabamos por fazer mais algumas consultas de vigilância a doentes dos grupos de risco, de forma a minimizar as deslocações evitáveis destas pessoas”.

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