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Estado de Emergência Democrático

Daniel Vieira, militante JSD Caldas da Rainha

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24 de janeiro de 2021 foi o dia de dar voz ao povo português para eleger o seu Presidente da República.
Daniel Vieira, militante JSD Caldas da Rainha

Estas foram as primeiras presidenciais em estado de emergência. Muito se temia em diversos aspectos, quer a nível sanitário, os cuidados que se tomariam nas urnas, quer a nível político porque parece que se está a enraizar também em Portugal uma ideologia de extrema-direita que descredibiliza a constituição. Apesar de tudo isto as abstenções foram ligeiramente acima do que se esperava (60,8%) e a direita ganhou com larga maioria.

No meu ponto de vista e por aquilo que vi nas redes sociais, os locais de voto estavam bem organizados e o tempo de espera não passava de 40 minutos, sendo que eram asseguradas todas as medidas sanitárias exigidas pela DGS para que não houvesse transmissão do vírus.

Muitas pessoas usaram desculpas como “não podemos trabalhar nem fazer a vida normal mas podemos votar”. Eu compreendo que a democracia seja feita de escolhas e que cada pessoa pode escolher votar ou optar por não o fazer, mas todos sabemos as consequências que daí advêm e apesar de tudo não podemos esquecer que a política é importante em todas as ocasiões.

Na política decide-se o rumo de um país e em certa medida a vida de cada um. O ato eleitoral não pode ser descartado apenas porque não se pode fazer a vida com normalidade em plena pandemia, para além de ser um dever devemos ser conscientes que foi um direito bastante difícil de conquistar, principalmente para as mulheres. Parece que alguns portugueses se esquecem que a pandemia é passageira mas a democracia não!

Também sucedeu exatamente o inverso, isto é, pessoas que queriam dirigir-se às urnas para exercer o seu direito de voto, no entanto tinham de cumprir o isolamento, já que ficaram infetadas entre o dia do voto antecipado e o dia 24 de janeiro.

Embora as eleições presidenciais sejam apartidárias, há no entanto apoio de partidos aos candidatos. E há alguns candidatos extremistas, nestes casos é necessário agir, de uma maneira muito eficaz não lhes dando apoio e o voto que tanto desejam.

Os extremistas utilizam um discurso cem por cento populista, onde se manipulam as pessoas a fim de chegarem ao poder e fazer precisamente o contrário. Quando se fala em portugueses de 1ª e em portugueses de 2ª estamos a regredir na história, ainda que saibamos que a mesma não seja cíclica. Não vamos deixar que populistas se apoderem de novo da nossa democracia, caso contrário a vida de cada um ficará comprometida com o “novo regime” que deseja alterar a constituição e formar uma 4ª República.

Apesar de tudo saiu vencedor um grande senhor, que por coincidência se assume como social-democrata. Para além da sua cor partidária vejo nele um presidente humano, que para além de toda a burocracia com que lida diariamente ainda tem tempo para abraçar e espalhar afeto por todo o país, um presidente que sabe distinguir as duas direitas em Portugal: a direita social e a extrema-direita.

Também é necessário modernizar o ato eleitoral. Sabemos que a pandemia pode trazer consequências a longo prazo e que os períodos de isolamento se podem repetir nos próximos meses. Já no segundo semestre deste ano temos as eleições autárquicas sendo necessário pensar em alternativas para pessoas que estejam em isolamento. Estas eleições são importantes, porque escolher os nossos representantes locais tem um grande impacto enquanto cidadãos. É também necessário estarmos atentos a possíveis candidatos que possam surgir nestas autárquicas, refiro-me aos extremistas, sejam eles de que espetro forem.

É importante preservar a grande conquista que é a democracia e só o poderemos fazer votando conscientemente e num candidato que veja todos os cidadãos de igual forma.

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