Enquanto que a capital de distrito, Leiria, ocupa a 7ª posição no ranking global dos municípios de grande dimensão, na lista dos concelhos de pequena dimensão aparecem o Bombarral em 8º e o Cadaval em 23º.

O documento, produzido anualmente pela Ordem dos Contabilistas Certificados, tem em consideração um conjunto de dez indicadores, nomeadamente índice de liquidez, resultado operacional deduzido de amortizações e provisões sobre os proveitos operacionais, peso do passivo exigível no ativo, passivo por habitante, taxa de cobertura financeira da despesa realizada no exercício, prazo médio de pagamentos, grau de execução do saldo efetivo, índice de dívida total, grau de execução da despesa relativamente aos compromissos assumidos e impostos diretos por habitante.

No pormenorizado documento com 415 páginas pode ler-se, por exemplo, que Caldas da Rainha é o 22º concelho do país e o primeiro da região Oeste e distrito de Leiria que em 2019 apresentou maior peso de receitas provenientes de impostos, taxas e licenças, no total da receita cobrada. A percentagem atual é de 53,5%, mas em 2018 até chegou a ser de 54,2%. No topo da lista estão Porto (71,6%), Cascais (71,2%) e Portimão (70%). Leiria aparece em 31º, com 50,6%.

Caldas da Rainha é o 17º município com maior aumento do orçamento inicial em 2019 (mais 7.603.961 euros em relação a 2018) mas ainda não aparece na lista das autarquias com maior volume de orçamento inicial em 2019, onde estão Leiria (23º, com 80.500.00) e Torres Vedras (35º, com 58.835.000).

Entre os municípios com menor peso de pagamentos da despesa com pessoal na despesa total encontram-se Nazaré (2º, com 11,2%), Leiria (5º, com 17,5%) e Caldas da Rainha (35%, com 23,9%).

A Nazaré é o sexto concelho do país com maior volume de passivos financeiros (contração de empréstimos bancários) em 2019 (19.754.798 euros). O segundo município do país com maior diferença negativa entre o valor da amortização de empréstimos e o valor de novos empréstimos é o da Nazaré (-18.523.845 euros). O quarto município do país com maior volume de juros e outros encargos financeiros pagos em 2019 é o da Nazaré. Entre 2010 e 2019, por cada habitante da Nazaré recaem 997,7 euros em juros, o que coloca o concelho em 13º nessa lista.

Entre os vinte municípios com menor passivo por habitante estão a Marinha Grande em terceiro (36,3 euros por habitante), Alcobaça em décimo (66,4 euros) e Caldas da Rainha em 17º (94,9 euros). Este indicador permite determinar o valor do passivo exigível por habitante, indexando o total do passivo à dimensão social do município relacionada com a população residente.

O Cadaval é 18º município com o menor prazo médio de pagamentos.

Na lista dos municípios com maiores resultados económicos em 2019 aparecem Leiria (12º, com 11.190.367 euros) e Torres Vedras (27º, com 5.371.626 euros).

No que diz respeito ao índice de liquidez, o município da Marinha Grande é o primeiro do distrito. Este indicador relaciona as dívidas a receber a curto prazo e os valores monetários disponíveis com as dívidas a pagar a curto prazo, permitindo verificar se um município terá ou não dificuldades em pagar os seus compromissos de curto prazo, bem como determinar o correspondente grau de cobertura financeira das dívidas relacionadas com estes compromissos.