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Como pode a pandemia piorar a condição física dos nossos idosos?

Ângela Gairifo Pedro, especialista em Medicina Geral e Familiar e em Medicina Desportiva, do Hospital CUF Torres Vedras e Clínica CUF Mafra

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A infeção por Covid-19 é uma doença multissistémica (pode atingir vários órgãos/sistemas do corpo) especialmente severa nos idosos portadores de várias doenças crónicas.
Ângela Gairifo Pedro, especialista em Medicina Geral e Familiar e em Medicina Desportiva, do Hospital CUF Torres Vedras e Clínica CUF Mafra

Sendo uma doença nova, altamente contagiosa, que pode apresentar-se como doença grave e provocar mesmo a morte, leva a que os vários países tomem medidas restritivas para parar as cadeias de transmissão.

Por integrarem o grupo de risco, os idosos são os mais visados pelas medidas preventivas da pandemia, que implicam o distanciamento social e o isolamento.

Paralelamente, a catadupa de notícias e o alarme social em torno da doença geram um sentimento de medo que leva os idosos a abandonar as suas rotinas, com a atividade física a ser a primeira atividade sacrificada. Um estudo realizado junto da população ativa na Grécia (8495 participantes com idade média de 37 anos) revelou que durante o confinamento a atividade física reduziu dramaticamente, deixando grandes preocupações de saúde pública num futuro próximo. Se no estudo a população ativa apresentou esta redução, será lícito projetar um resultado ainda mais alarmante entre a população sénior.

Sabemos a importância da atividade física, sabemos que nos devemos proteger em relação à infeção Covid-19, e que o distanciamento e isolamento social são protetores das populações de risco, então o que fazer para nos mantermos ativos nesta pandemia?

Os idosos devem realizar 150 minutos de atividade física semanal de intensidade moderada ou 75 min de atividades vigorosas ou combinação equivalente, devendo 3 vezes por semana realizar exercícios para melhorar o equilíbrio.

Se puderem ir para o exterior fazer caminhadas ou outra atividade física, devem ir mas cumprir o distanciamento social – sozinha(o) ou com coabitante. Importa não esquecer de desinfetar o material exterior que usar.

Se não puderem sair, há sempre a opção de fazer pequenos intervalos de 3-5 minutos de atividade, de preferência a cada 20-30 minutos, levantar, caminhar em casa ou à volta da casa, subir e descer degraus, dançar, fazer jardinagem, limpezas em casa ou realizar exercícios de força. Estes pequenos intervalos reduzem a tensão mental, melhoram a circulação sanguínea e a nossa mobilidade e coordenação motora.

Se tiver sinais de febre, tosse ou dificuldade respiratória não faça exercício, descanse e procure ajuda diferenciada. Siga as instruções das autoridades de saúde.

Porque é tão importante não parar? Porque a atividade física reduz o risco de morrer prematuramente. Melhora a nossa qualidade de vida porque ao fortalecer ossos e músculos, melhora a nossa força, equilíbrio e reduz o nosso cansaço; melhora as defesas do nosso corpo, dá-nos felicidade através da libertação de hormonas específicas e, muito importante nos nossos dias, ocupa o nosso tempo.

A Organização Mundial de Saúde pede para nos mantermos ativos. Caso exista dificuldade em fazer as atividades que fazia antes, então deve fazer as que puder! Se precisar de ajuda, sentir desconforto, alguma lesão ou tiver dúvidas, deve consultar o médico – por teleconsulta ou junto de uma unidade de saúde. Independentemente de vivermos em pandemia não deve adiar cuidar da saúde – através de actividade física, alimentação equilibrada e manutenção das rotinas de saúde (consultas, exames e tratamentos).

Informações e exercícios a realizar em casa, sugeridos pela Organização Mundial de Saúde: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/coronavirus-disease-covid-19-staying-active.

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