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Carta Aberta – Mariolas, um atentado ao nosso futuro

Jorge Maia - Presidente do Conselho Diretivo da Arméria - Movimento Ambientalista de Peniche

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Ao longo dos últimos anos tem surgido, um pouco por todo o mundo, uma “moda” nefasta, que também nos últimos anos tem vindo a degradar o património natural de Peniche.

trilhos, quando as condições meteorológicas são mais adversas ou onde não há cobertura GPS.

Nas zonas litorais, como é o caso de Peniche a sua presença, em vários locais da costa, mas em especial na Papôa, é uma séria ameaça ao património de todos nós, descaracterizam e danificam o conteúdo litológico deste santuário natural, um sítio de interesse geológico alvo de ataques permanentes.

A Arméria tem liderado os alertas a nível local para esta situação, tendo já sensibilizado muitos membros da comunidade, que nos vão alertando e por sua iniciativa também sensibilizando outros e tentando repor a situação natural.

No entanto, e dada a gravidade e extensão da situação, tal não pode ser a solução. É necessária uma posição firme das entidades responsáveis, com colocação de sinalética explicando os efeitos nefastos desta prática, proibindo a sua realização e indicando os valores das coimas associadas. As entidades responsáveis deverão “vigiar” e deixar claro que estas ações são expressamente proibidas.

Um local de importância internacional como é todo o litoral de concelho de Peniche, e em particular a península, integrada na Reserva da Biosfera das Berlengas (UNESCO) e na Rede Natura 2000 tem de ser preservado. Se este tipo de comportamentos criminosos continuarem o processo de criação de um Geoparque do Oeste poderá igualmente ficar em risco.

Tal como não faz sentido os visitantes do Mosteiro dos Jerónimos ou da Torre de Belém, ao visitarem o local, tirarem as pedras das suas paredes e fazerem montes de pedras por simples “moda”, o mesmo terá de ser assimilado pelos visitantes e assegurado pelas autoridades, na nossa costa.

É urgente igualmente limitar o trânsito automóvel, com a circulação e estacionamento dos veículos até às zonas mais sensíveis, acelerando a degradação do espaço. Uma situação muito referenciada, pela associação e não só, ao longo dos anos.

Se não forem tomadas medidas, este espaço natural ficará irremediavelmente adulterado. Um recurso turístico de grande importância, não renovável e enquadrado sob várias formas de proteção.

Finalizamos esta carta aberta com uma palavra de agradecimento público a todos aqueles, verdadeiros Amigos de Peniche, naturais ou não de cá, que estão voluntariamente a limpar a Papôa, desta grave forma de poluição visual e degradação paisagística.

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