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Cadaval ensina a prevenir Covid-19 durante a apanha da fruta

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O Município do Cadaval promoveu, na noite de 4 de agosto, no pavilhão João Corrêa, uma ação de sensibilização para a prevenção e controlo da Covid-19 durante a época das colheitas. A sessão, promovida pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, teve dinamização a cargo da Unidade de Saúde Pública e reuniu mais de uma centena de profissionais do setor, nomeadamente proprietários agrícolas e centrais fruteiras.
Ação de sensibilização no pavilhão João Corrêa

José Bernardo Nunes, presidente da Câmara Municipal do Cadaval, sublinhou que a ação visou “esclarecer e elucidar sobre a forma como deveremos proceder para minimizar os riscos, nesta atividade que temos de efetuar [colheita da fruta] dentro de dias”.

Para Rodrigo Marques, médico da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, o mais importante é restringir os contactos ao máximo, para que a campanha possa correr com normalidade, evitando ao máximo situações de Covid-19.

“A apanha da fruta reúne várias pessoas num mesmo espaço, felizmente ao ar livre, mas há alguns momentos que podem ser críticos, nomeadamente nos transportes e nos momentos de pausa”, referiu o médico.

“O que pedimos, este ano, é que as tarefas estejam verdadeiramente separadas. Quem desempenha uma determinada tarefa, faça sempre essa tarefa e que as pessoas que estão agrupadas num determinado pomar sejam sempre as mesmas. Essas pessoas devem ser as que são transportadas juntas, as que têm mais convívio juntas, que tomam as refeições juntas”, explicou. “O objetivo é que cada qual tenha contacto com o menor número de pessoas diferentes possível”, adiantou.

Ainda na organização do trabalho, há a considerar a questão da troca de utensílios, tais como os baldes ou os escadotes. Segundo apontou Rodrigo Marques, os utensílios devem ser sempre usados pela mesma pessoa. “Quando utilizados por outra pessoa, devem ser desinfectados”, salientou.

Em relação ao transporte, os carros não devem andar lotados. “Devem transportar 2/3 da capacidade da viatura. Num carro de cinco pessoas, devem transportar três, no máximo, devendo todas usar máscara”, indicou o clínico.

“Os carros são os locais onde a Covid-19 se transmite mais facilmente por ser um espaço pequeno, fechado e onde as pessoas estão muito próximas umas das outras. Temos de ser muito rigorosos. O transporte de pessoas tem de ser feito de forma segura”, fez notar. “Se vivem separadas e trabalham separadas, não devem partilhar o mesmo carro”, referiu.

Quanto ao uso de máscara, descreveu que “se uma pessoa estiver a trabalhar no campo, não precisa ter a máscara colocada, quando estiver afastada das outras pessoas; um tratorista que anda no trator não precisa andar de máscara enquanto está sozinho. Quando estiver com outras pessoas, deve colocar a máscara”.

“O segundo momento onde há mais transmissão são as pausas, para a bucha ou para almoçar, pois é nesses momentos que, muitas vezes, nós quebramos as regras”, observou.

De acordo com o profissional, deve ser mantida a distância de segurança de dois metros entre pessoas. “Deve pôr-se do lado do trabalhador a responsabilidade. Depois de comer, voltar a pôr a máscara, se quiserem, por exemplo, estar a conversar”, elucidou. “Para fumar, também é possível tirar a máscara. Mas em todas estas situações, há que manter o afastamento das restantes pessoas”, frisou.

Para além do uso da máscara, há mais duas regras fundamentais que importa também não descurar neste contexto: a lavagem das mãos e a etiqueta respiratória (espirrar para o cotovelo ou para lenço de papel que se deita fora em seguida).

“Importa lavar bem as mãos, sempre que se mexer noutros utensílios. O que costumamos recomendar, e até costuma haver, é uma barrica com água, detergente, ou sabão líquido, e papel para limpar, para as pessoas usarem sempre que sentirem necessidade. O gel desinfetante poderá ser utilizado, no entanto torna-se desconfortável para quem apanha fruta, por deixar as mãos ainda mais peganhosas”, vincou.

Quem tiver sintomas não deve ir trabalhar, sob pena de agravar a sua situação e de pôr em risco a saúde dos restantes e a própria campanha de fruta, no caso de todos os colegas terem de ficar em casa.

“Deve avisar o patrão que não pode ir trabalhar, ser atendido ou pela linha SNS24 ou pelo médico, para perceber se há possibilidade de ter Covid, se terá de fazer teste ou não, se há alguma medicação a fazer para melhorar. Se não for Covid, poderá voltar a trabalhar. Se calhar, perde ali um ou dois dias de trabalho, mas todas as pessoas ficam salvaguardadas”, afirmou o médico.

“Outra recomendação que fazemos é de, sempre que alguém está a trabalhar e aparece com algum sintoma, existir um sítio onde toda a gente saiba que, se estiver lá alguém, significa que aquela pessoa não se está a sentir bem. Um sítio mais ou menos isolado, onde a pessoa possa ficar até chegar ajuda necessária e se decidir o que fazer”, avançou.

Para David Santos, coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil, importa criar uma estratégia para que, caso surja um caso de Covid-19, a apanha da fruta possa ter continuidade, sugerindo a subdivisão do grupo da apanha “para evitar que todos tenham de ir para casa, no caso de ocorrer uma infeção”.

No caso dos trabalhadores alojados especificamente para a campanha, em que surja necessidade de isolamento devido ao coronavírus, Leopoldina Moreira, técnica de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, sustentou que terá de haver articulação entre as entidades, para tentar encontrar as condições ideais de alojamento.

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