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Museu da Imagem e do Som

Rui Calisto

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Como podemos guardar uma memória, protegendo-a, para que, num futuro distante, os nossos descendentes compreendam o que as gerações anteriores vivenciaram?
Rui Calisto

Em 1965 foi criado no Rio de Janeiro o primeiro organismo com esse propósito. Em 1970 foi a vez de São Paulo. Até hoje os Museus da Imagem e do Som (MIS) daquelas cidades – com ramificações importantes e com uma preocupação constante em preservar o património audiovisual regional, estadual e nacional – incentivam pessoas das mais variadas camadas sociais a salvaguardar diverso tipo de documentação sonora e imagética, facultando desse modo, que em décadas próximas seja possível explicar as personalidades, e as atitudes, dos seres pensantes que compreenderam diversas gerações.

Em 55 anos (1965-2020), o Brasil chegou ao sensacional número de 23 MIS, espalhados de norte a sul do país.

Caldas da Rainha, Óbidos, e demais cidades portuguesas, deveriam ter em atenção a importância da proteção dos painéis da vida regional, distrital e nacional, permitindo, assim, que no futuro seja possível entender os aspetos culturais, humanos e sociais de sua população, e de tudo o que a rodeia.

Preservar e documentar o presente, de um modo sonoro e imagético, fará com que se assimile todo o tipo de ocorrência relacionada com o pensamento humano, agregada, naturalmente, à música, ao teatro, à fotografia, às artes plásticas, etc., podendo, inclusive, dar-nos uma melhor compreensão acerca do espírito social e político do povo português.

O MIS poderá, inclusivamente, tornar-se um polo de referência, no que diz respeito às entrevistas com artistas e políticos de cada região. Um modo eficaz para conhecer-se melhor, não só a história de vida de cada um, mas, também, o que esteve (e está) relacionado ao crescimento da região de origem dessas pessoas.

Coligir, arquivar e averbar os documentos, e a memória de cada um de nós, a nível concelhio, distrital e nacional, será uma mais-valia na tentativa de compreensão do tecido rural e urbano, resultando mesmo num retrato definido de cada localidade.

Cada concelho poderá realizar – depois da efetivação do bom funcionamento do MIS – uma exposição anual, a ser anunciada como “resgate histórico-cultural da memória local”, mostrando à comunidade como é importante preservar as reminiscências históricas de sua família, para que se construa, de modo abrangente, um vigoroso retrato de todas as manifestações artísticas, bem como, de todas as transformações sociais da sua região.

Com essa abertura à comunidade, deve existir, também, um incentivo para que as pessoas façam a doação dos seus acervos fotográficos e audiovisuais, pois, assim, será possível preservar (e tornar conhecida) toda a história genealógica e biográfica que compõe a família de cada concelho. A história oral deve ser captada, tratada e arquivada, pelos mesmos motivos.

Imaginem, por exemplo, como teria sido rica a preservação da memória oral, histórico-biográfica e fotográfica, das lavadeiras, dos militares, dos desportistas, dos artistas, dos políticos, etc., que existiam nos concelhos portugueses no passado século XX.

As Câmaras Municipais têm a obrigação de cuidar do resguardo histórico-cultural da memória da sua região, para isso é necessário possuir um organismo tecnicamente competente. Registar e preservar essa memória, utilizando todas as tecnologias disponíveis, terá uma repercussão futura inimaginável, representando uma riqueza maior do que qualquer filão de ouro encontrado.

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