As regras para entrar e circular na escola do Agrupamento de Escolas Raul Proença são muitas. “De manhã quando eles chegam já está tudo higienizado e preparado”, revelou o diretor do agrupamento, João Silva.
A escola presencial, que se vai prolongar até 26 de junho, está a funcionar com cerca de 30 professores das 9h30 às 13h10 e há um circuito pintado no chão onde os alunos entram e saem do estabelecimento. “Num circuito definido dirigem-se à sala onde permanecerão, no seu lugar, até ao final de todas as aulas”, informou. O diretor assegurou que na entrada “os alunos desinfetam as mãos e pés e ninguém entra sem máscara e quem não tem a escola fornece”.
O agrupamento dividiu os cerca de 400 estudantes pelos cinco blocos, onde cada um tem o máximo de cinco turmas com o máximo de 20 alunos.
Apesar de levarem quase dois meses de ausência da escola, a maioria dos alunos marcou presença na sala de aula. O diretor do agrupamento revelou que do 11º e do 12.º há alunos que não vão regressar este ano letivo porque “têm em casa familiares que se inserem no grupo de risco”.
Os receios dos pais, na opinião de João Silva, são “válidos e será feita a avaliação”. No entanto, considera que não há razão para ter medo porque “estão tomadas todas as medidas de higienização”.
Os alunos do 11º ano têm quatro disciplinas e do 12.º ano têm duas cadeiras. Também voltaram os alunos do curso profissional de informática do 3º ano. A estes foi retomado 50 por cento das aulas presenciais e mantiveram metade do ensino à distância.
Depois do período letivo da manhã ter terminado, o diretor admitiu que o primeiro dia até nem correu mal. “Está tudo bem organizado e os miúdos também cumpriram as regras”, indicou.
Próximo ano letivo
João Silva admitiu que dar aulas de máscara e sempre a desinfetar tudo será a nova realidade, que provavelmente veio para ficar nos próximos tempos.
Quanto ao próximo ano letivo 2020/2021, o diretor do agrupamento disse que ainda é cedo para esclarecer. “Não sabemos como vai ser. Vamos ter de aprender com este regresso”, apontou.
João Silva fez um balanço positivo relativamente às aulas à distância, revelando que o feedback dos encarregados de educação “é muito bom”. “Tivemos dois professores nossos (Nuno Pedrosa e Carla Jesus) que deram formação aos docentes, nomeadamente do Google Classroom”, informou.
O responsável revelou que do agrupamento tiveram mais de 300 alunos que não tinham computador e cerca de 170 sem internet. “A autarquia das Caldas deu-nos pacotes de internet e tablets para os alunos do 1º ciclo e através da associação de pais e escola também conseguimos equipamento informático”, informou.
Atualmente todos os estudantes do secundário têm o equipamento necessário para trabalhar à distância. Para os alunos do 1º, 2º e 3º ciclo os encarregados de educação vão levantar as fotocópias das fichas na escola, conforme o plano de trabalho.
0 Comentários