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Iniciativas no Bombarral ajudam idosos a terem acesso a bens essenciais sem saírem de casa

Marlene Sousa

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Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral, pede à população a adoção de uma postura muito responsável e o cumprimento das recomendações das autoridades de modo a conter a propagação da Covid-19.
Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral

O município do Bombarral está a trabalhar com várias instituições e com o comércio local para que entreguem nas habitações dos idosos as compras feitas, evitando que estes saiam de casa, revelou o autarca, em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS.

JORNAL DAS CALDAS – Como está o Bombarral a cumprir o decreto do estado de emergência?

Ricardo Fernandes: As ruas estão desertas e uma palavra de sensibilização para os munícipes que estão de forma consciente e responsável a tomar as providências necessárias de modo a evitar a infeção da Covid-19.

Quanto à Câmara suspendemos as nossas obras e empreitadas. Temos em prontidão plena os nossos recursos humanos em equipas para podermos dar resposta à proteção civil, que é neste momento uma prioridade.

Fizemos a desinfeção de ruas e material circulante.

Apresentámos várias medidas que todos os dias estão a ser avaliadas de modo a conter a propagação desta pandemia.

J.C. – Estão a pensar a criar um hospital de campanha?

R.F.: Está a ser montado no antigo Lar do Centro Social e Paroquial do Bombarral um hospital de campanha com capacidade para 40 camas para fazer face ao surto de Covid-19.

Teremos disponível, numa situação mais à frente que seria bom não ser preciso, o pavilhão municipal. Temos ainda o pavilhão do Sport Clube Escolar Bombarralense, o maior clube desportivo do concelho, que está à nossa disposição.

No primeiro caso, o equipamento, quando necessário, servirá para alojar doentes positivos que não necessitariam de internamento, mas que pelas suas condições sociais, ou por não terem quem cuide deles ou por necessitarem de se isolarem das famílias, poderão ser colocados neste espaço.

Em termos técnicos não temos máscaras de oxigénio. Temos adquirido material e temos fornecido inclusivamente material e equipamento de proteção individual para os médicos da nossa Unidade de Saúde Familiar. Não quero saber porque é que eles tinham falta de equipamento. Aqui não há louros para ninguém, estamos todos em conjunto com o poder central e com outras autarquias envolvidas no combate a esta calamidade.

Aqui o que é fundamental é termos as infraestruturas para proteger os nossos munícipes, caso seja necessário.

J.C. – Como está a situação no concelho do Bombarral?

R.F.: A informação que temos é que estão duas pessoas do Bombarral infetadas com a Covid-19. Em relação ao primeiro caso, um individuo acamado, dou a boa noticia que a senhora que também vivia naquele domicílio o teste de despistagem deu negativo.

J.C. – Concorda com as medidas do Governo para apoiar as empresas?

R.F.: Concordo que são insuficientes, mas o que posso afirmar é que o governo está a fazer o possível e o impossível. Os nossos governantes do poder central não fazem mais porque realmente não podem. Isto é uma pandemia mundial, ninguém imaginava que chegasse a esta situação. Nenhum governo estava preparado para enfrentar isto.

J.C. – Como é que esta crise está a afetar os produtores do setor do vinho e pera rocha, atividade importante no Bombarral?

R.F.: É claro que a economia local também está a ser contagiada. No entanto, é prematuro ainda nesta fase adiantar informação sobre estes setores. O que tenho retido por parte dos produtores é que se está a desenrolar de uma forma normal, até porque não estão na altura da campanha.

Quanto ao consumo de vinho, com os restaurantes fechados certamente vão consumir menos e acredito que vai haver uma diminuição das exportações.

No entanto, no que concerne à produção da pera rocha e das vinhas, os trabalhadores estão no campo e continuam a trabalhar fazendo as pulverizações. O desenrolar natural das pereiras e videiras está a decorrer normalmente.

J.C. – Além das medidas do Governo de apoio às empresas o Município tem algum plano para ajudar a minimizar os prejuízos das empresas e produtores instalados no concelho do Bombarral?

R.F.: Todas as estas questões, face às condicionantes que resultam da atual situação de emergência nacional, têm de ser analisadas. Foi definido que a principal prioridade de medidas de urgência e de prevenção é o combate à pandemia. Estão a ser analisadas todas as medidas de ação social, de apoio às famílias e às empresas, nomeadamente as pequenas e microempresas.

J.C. – A autarquia prevê reduzir as taxas ou até isentar os munícipes do pagamento da fatura da água, por exemplo?

R.F.: O Conselho Intermunicipal do Oeste, reunido a 26 de março, por videoconferência, definiu um conjunto de medidas de apoio ao rendimento das famílias e das empresas da região a fim de mitigar os efeitos económicos e financeiros provocados pela pandemia de Covid-19.

Acompanharmos ainda todas as medidas do governo e da União Europeia, criando sinergias locais que permitam aos bombarralenses conseguir captar estes apoios para em conjunto resistirmos ao presente e prepararmos o futuro.

Iremos ainda estudar medidas adicionais, locais, nos casos onde não haja resposta.

J.C. – Também no concelho do Bombarral vão surgindo iniciativas para apoiar os idosos a terem acesso a bens essenciais?

R.F.: Há mecanismos na Câmara Municipal e Juntas de Freguesia para ajudar quem não puder sair de casa, nomeadamente os seniores, que são a população de mais risco.

Temos várias plataformas de apoio. Para alavancar a nossa economia local agilizámos com minimercados e mercearias no Bombarral a entrega de alimentos a casa das pessoas. Tivemos uma adesão muito boa ao comércio tradicional e o intuito é potenciar compras dentro do município e assim contribuir para o emprego local. Temos ainda talhos e padarias a auxiliar as pessoas. Temos também duas farmácias que estão a levar medicamentos ao domicílio.

O nosso corpo de escuteiros também está a ajudar a população idosa ou dependente na aquisição de bens de primeira necessidade, alimentos e medicamentos.

A Santa Casa da Misericórdia do Bombarral está a garantir o apoio domiciliário, possibilitando que cerca de dezenas de utentes recebam as refeições quentes em casa.

J.C. – Que mensagem quer passar à população nesta altura difícil?

R.F.: Uma palavra de sensibilização para os riscos inerentes a esta pandemia, com o sincero apelo a que tomem de forma consciente, serena e responsável todas as providências necessárias de modo a evitar a infeção e propagação da Covid-19, seguindo para o efeito todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde.

Não há tratamento para este novo vírus, só há uma missão que está ao nosso alcance para travar o contágio, é o nosso isolamento profilático. Por favor protejam-se!

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