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Semana Raul Proença

Após quase perder o filho afogado, mãe alerta sobre importância de ter formação em suporte básico de vida

Marlene Sousa

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Cerca de 200 alunos da Escola Secundária Raul Proença tiveram, na passada sexta-feira, uma ação de sensibilização sobre a importância de ter formação em suporte básico de vida. Conheceram a emocionante história de uma mãe que precisou de uma força enorme para prestar os primeiros socorros ao seu filho de dois anos que caiu no dia 23 de março na piscina da sua casa, em São Martinho do Porto. “O início imediato do protocolo de suporte básico de vida, o facto dos bombeiros terem chegado rápido e o socorro da médica Tânia Gaspar e do enfermeiro Nuno Pedro, da Viatura Médica de Emergência e Reabilitação (VMER) das Caldas da Rainha, fez com que o meu filho sobrevivesse e aparentemente esteja bem”, disse Paula Marinho, mãe do menino, que tirou o curso de Suporte Básico de vida há cerca de três anos, quando estava grávida do seu filho.
Equipa que ajudou a salvar o menino - Tânia Gaspar (VMER), Paula Marinho (mãe da criança), Nuno Pedro (VMER) e irmã do menino

A criança com dois anos caiu na piscina depois de ter desaparecido da sala da sua residência em São Martinho do Porto, no passado dia 23. Foi encontrado cinco minutos depois, a boiar na água inconsciente e sem reação. “Lembrava-me do essencial e iniciei as compressões e pedi à minha filha de 15 anos para ligar para o 112 e ela ao telefone através das indicações do profissional de saúde ia-me dando mais procedimentos para as manobras corretas”, contou Paula Marinho.

Em simultâneo com as compressões lembrou-se de colocar o filho na posição lateral de segurança porque ele começou a engasgar-se com o vómito, pois tinha comido pouco tempo antes de cair na piscina”, lembrou a mãe.

“Os bombeiros e a VMER foram espetaculares e empenharam-se muito em trazê-lo de volta”, acrescentou, sublinhando para não levar a mal se o “médico e enfermeiro da VMER mandarem calar porque eles têm que ter silêncio para poder ouvir se a criança está a respirar ou como está a reagir às manobras”.

“Acima de tudo o meu testemunho é para dizer que há que tirar um curso suporte básico de vida, porque enquanto os profissionais não chegam há muito que podemos fazer para salvar a vida de uma pessoa”, alertou. Paula Marinho que tem a noção que se não tivesse iniciado o salvamento a criança tinha estado mais tempo sem oxigénio. “Um minuto após eu estar a fazer as compressões ele começou a mexer a língua”, recordou.

Diante do susto e da situação trágica que terminou com final feliz, a mãe da criança que se afogou disse aos jovens para “estarem atentos à formação em suporte básico de vida”. “Estes profissionais de saúde estão aqui hoje para ensinar a salvar vidas”, salientou Paula Marinho.

A mãe da criança que caiu a piscina deu o seu testemunho depois do enfermeiro Francisco Neto, no âmbito da Semana Raul Proença, ter dado aos estudantes um “Mass Training em Suporte Básico de Vida”, uma iniciativa promovida pela equipa da VMER com o apoio da direção do Agrupamento Escolas Raul Proença e do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), integrado também nas comemorações do dia mundial de saúde.

Os alunos receberam uma aula das manobras a executar, seguindo-se a realização de exercícios práticos a manequins. Com esta ação é expectável que os alunos consigam reagir se estiverem perante uma pessoa que desmaiou ou sofreu algum tipo de acidente, reconhecendo uma paragem cardiorrespiratória, alertando os serviços de emergência e iniciando de imediato as manobras de suporte básico de vida.

O enfermeiro Nuno Pedro, coordenador da VMER, que tem esta parceria com a Raul Proença desde 2003, destacou a importância desta formação em contexto escolar, uma vez que as “crianças a partir dos 15 anos são capazes de aprender e aplicar técnicas de Suporte Básico de Vida. “Esta formação precoce reduz a ansiedade sobre os possíveis erros e aumenta acentuadamente a disponibilidade para ajudar”, apontou.

Jovens comem poucos vegetais

Um grupo de médicos e alguns enfermeiros fizeram um questionário sobre os hábitos alimentares, estilo de vida e um levantamento dos Índices de Massa Corporal (IMC) de 210 alunos do 9º ano, no âmbito de uma ação que tem como objetivo acompanhar estes alunos desde o 7º ao 12º ano.

Segundo o enfermeiro Nuno Pedro, o projeto iniciou em 2017 quando estes alunos frequentavam o 7º ano. Foi-lhes feito um questionário sobre hábitos alimentares e estilo de vida e feita a avaliação do percentil, escala utilizada em avaliações antropométricas de crianças e adolescentes para investigar situações de normalidade ou risco nutricional (peso e estatura inadequados para sexo e idade). “O intuito é acompanhá-los até o secundário com o mesmo questionário e verificar se fazem desporto, o tempo que passam em frente ao computador ou telemóvel, se já ingeriram bebidas alcoólicas, se almoçam na cantina, no bar ou nos cafés à frente à escola para ver em que idade começam a ter comportamentos menos saudáveis para se poder agir”, explicou o enfermeiro.

Susana Alexandre, médica interna de pediatria no CHO, disse ao JORNAL DAS CALDAS que a nível dos questionários que fez o mais problemático é a alimentação, uma vez que “os jovens estão a comer poucos vegetais, saladas e sopas”. “Quase ninguém do 9º ano come na cantina e saem da escola para comer fast food, que regra geral não é acompanhado por legumes e sopa”, relatou.

O intuito também com este estudo é referenciar as crianças que tenham critérios de obesidade para serem acompanhados nas consultas externas de nutrição no CHO.

A nível de exercício, Susana Alexandre disse que está equilibrado, porque “todos praticam na escola e a maioria dos alunos tem atividade física extraescolar”.

Quanto ao consumo de álcool, a médica interna de pediatria revelou que houve bastantes adolescentes a dizer que “já tinham experimentado, mas só no âmbito social nas saídas com os amigos ou pais, em alturas festivas como na passagem de ano mas em pequenas quantidades e muito raramente o faziam”. “Nenhum deles consumia álcool e droga com frequência”, contou a médica.

Carolina Marques ganhou o título Miss Raul Proença

Entre os dias 1 e 5 de abril realizou-se a Semana Raul Proença. Decorreram cerca de 60 atividades culturais, desportivas e científicas ou de puro entretenimento que, mais uma vez, mostraram a pujança do projeto educativo. O contato com tradições diferentes e experiências, com eventos para todos os gostos, foi o que aconteceu na semana temática organizada por elementos da direção, professores, alunos, associação de estudantes e de pais.

A aluna do 12º Carolina Marques, de 17 anos, foi eleita Miss Raul Proença, no concurso levado a cabo no polivalente da escola.

Decidiu participar porque gosta muito de moda. Não achou que foi um evento para competir com outras jovens, mas sim “uma iniciativa de moda e de convívio para nos sentirmos bem com nós próprias”, apontou a jovem.

Foi a primeira vez que decorreu o concurso, numa iniciativa da Associação de Estudantes que teve bastante afluência. E como está na ordem do dia a igualdade de género, o objetivo era fazer o concurso de Miss e Mister Raul Proença, só que não houve concorrentes masculinos. “Queríamos fazer um evento diferente e é um incentivo para as jovens que gostam de moda”, referiu Rafael Machado, presidente da Associação de Estudantes.

As lojas In Love, Tânia’s Closet e Maju colaboraram neste concurso, disponibilizando a roupa para as oito jovens candidatas a Miss.

Associação de antigos alunos

A direção do Agrupamento de Escolas Raul Proença convida os antigos alunos do liceu/Escola Secundária Raul Proença a participarem na constituição de uma associação de antigos alunos desta escola.

Segundo o diretor, João Silva, pretende-se, “neste momento inicial, estabelecer uma rede de contatos de antigos alunos e reunir uma primeira vez num evento de convívio para definir a forma de organização e os objetivos da associação”.

Assim, se foi aluno do Liceu ou da Raul Proença e deseja rever os seus antigos colegas e professores e recordar velhas histórias, é convidado a entrar em contato com a escola através do e-mail antigosalunos.liceu.raulproenca@aerp.pt, indicando nome, ano(s) em que frequentou a escola e contatos.

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