Q

Previsão do tempo

14° C
  • Tuesday 19° C
  • Wednesday 25° C
  • Thursday 23° C
14° C
  • Tuesday 20° C
  • Wednesday 26° C
  • Thursday 24° C
14° C
  • Tuesday 22° C
  • Wednesday 27° C
  • Thursday 25° C

Assunção Cristas ficou a conhecer “carências gritantes” em visita ao hospital das Caldas

Mariana Martinho

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
A nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), nas Caldas da Rainha, há poucos dias em funções, herdou “carências gritantes ao nível de médicos e enfermeiros e existência de equipamentos obsoletos”, segundo revelou a presidente do CDS-PP, que visitou na passada sexta-feira a ala das urgências da unidade de saúde das Caldas da Rainha.
Assunção Cristas visitou o serviço de urgências do CHO

A anteceder a visita ao Serviço de Urgência, decorreu uma reunião à porta fechada, com os novos elementos do Conselho de Administração do CHO, onde foram assinalados alguns dos “pontos a serem reavaliados”, bem como as “necessidades de investimento para combater essas falhas”.

Um desses pontos, segundo a líder do CDS-PP, é a “constante dificuldade em captar recursos humanos” para trabalhar no CHO, neste caso na unidade hospitalar das Caldas da Rainha. Essa dificuldade também se prende com um “ponto muito particular”, que são as “condições obsoletas” que os hospitais apresentam, acabando por não atrair médicos, nem enfermeiros, que “querem desenvolver ou prosseguir carreira”.

Relativamente à falta de profissionais adequados, a dirigente recordou que “há bem pouco tempo foi aberto um concurso para 25 vagas na área da saúde”, no entanto, “apenas apareceram 8 profissionais”, o que significa que o “Centro Hospitalar não foi capaz de atrair mais profissionais precisamente porque não tem condições de trabalho para que os profissionais se sintam que aqui faz sentido exercerem a sua profissão”.

Em relação às “necessidades de investimento para combater essas falhas”, Assunção Cristas esclareceu que são precisos cerca de cinco milhões de euros para repor as “questões básicas”, ao nível de infraestruturas e equipamentos, mas ainda assim não sendo “aquilo que é necessário para este hospital dar um salto”.

A dirigente partidária considera que a “saúde não tem sido prioridade”, sendo “uma área onde há muitos anúncios e muito pouca execução”. Nesse sentido tem andado de norte a sul do país e verificou que “falta dinheiro em Caldas da Rainha, como falta em Vila Nova de Gaia ou no [Hospital] de S. João, no Porto, na Guarda e não é por acaso que têm havido várias demissões de responsáveis clínicos, porque as condições estão muitas vezes no limite da própria segurança dos doentes e dos profissionais de saúde”.

Relativamente à gestão hospitalar, a líder centrista recordou que o CDS apresentou dois projetos-lei para dar autonomia às administrações para contratarem recursos humanos sem necessitarem da autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças e para os hospitais “receberem financiamento em função dos resultados clínicos”. Esses dois diplomas estão previstos para serem debatidos ainda antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2019, onde garantiu que o partido estará atento às questões das verbas para os investimentos nos diferentes hospitais.

Outro aspeto referido durante a reunião foi o caso das dívidas hospitalares, “neste caso estamos a falar de 35 milhões de euros”. Segundo Assunção Cristas, é um “problema que se vem arrastando e a avolumar-se com este governo”, sendo igualmente uma matéria que também precisa de ter “desde logo medidas que permitam pagar a tempo e a horas” e assim “reduzir os custos para o próprio horário público”. “Isto são tudo propostas que o CDS tem apresentado”, sublinhou.

Igualmente criticou o impacto da política do governo na área da saúde, em que optou por uma “linha de aparentemente de tudo estar bem para todos os setores, mas depois quando olhamos para a falta de investimento público e degradação dos serviços públicos, com a saúde à cabeça, percebemos que nem tudo está bem e que as contas não contemplam muitas necessidades”.

Igualmente destacou a degradação efetiva da qualidade dos serviços prestados aos doentes em vários domínios, dando como exemplo o serviço de urgência do CHO, em que “tínhamos macas encostadas por todo lado, e não estamos num dia crítico”.

“É verdade que há obras em curso, ainda bem, mas no entretanto há condições muito complicadas”, referiu a líder do CDS.

Em relação à greve dos enfermeiros, ocorrida na passada semana, Assunção Cristas esclareceu que “todos os profissionais de saúde sentem que há neste momento uma degradação muito grande das condições de trabalho, já para não falar dos milhares de horas em dívida”, porque o governo optou por uma “medida aparentemente simpática de passar de 40 para 35 horas”. Contudo, “não acautelou os meios necessários para pagar essa medida, quer do ponto de vista do pagamento de horas extras, quer no que diz respeito à contratação de mais pessoas”.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Pesca da sardinha reabriu

A pesca da sardinha reabriu na passada quinta-feira, com alguns limites diários, sendo que o valor máximo de descargas com arte do cerco pela frota portuguesa, para este ano, está fixado em 29.560 toneladas.

sardinha

Cencal distinguido

Na sessão comemorativa do seu sexto aniversário, a Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCVC) distinguiu o Cencal - Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica pelos 40 anos de atividade nas Caldas da Rainha.

Gala do Geoparque Oeste

O Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha acolhe no dia 11 de maio, pelas 20h30, a Gala do Geoparque Oeste, momento para celebrar a chancela atribuída ao território, que integra os municípios de Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.