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Atletas com 60 a 85 anos praticam karaté para melhorar saúde

Francisco Gomes

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Nas Caldas da Rainha o Clube Karate Shotokan está a desenvolver um projeto pioneiro que coloca a praticar esta arte marcial homens e mulheres com idades entre os 60 e os 85 anos. Os benefícios para o bem-estar físico e psicológico são apontados pelos atletas.
Alguns dos praticantes com o sensei Fernando Fidalgo

Só começaram a praticar o Shotokan Karate-Do com mais de 60 anos. Cada qual com o seu ritmo, atestado pelos cinturões de várias cores, são unânimes acerca dos benefícios.

Armindo Piedade, de 82 anos, é cinto azul e comenta que “gosto disto porque me dá saúde. Estou muito ativo. Subo uma escada a correr”, relatando que com a prática tem notado “grande diferença”. “Estou mais saudável, mais ágil”, garante.

José Carlos, de 74 anos e com dois meses de treino, considera que “é uma aventura”. Também cinto azul, conta que “noto mais mobilidade, mais ligeireza, uma certa diferença que já se reflete no meu andamento, na minha maneira de estar e de mexer”.

Artur Cardante, de 81 anos, cinto azul, relata que “gosto de fazer isto porque já estava a criar muita barriga e isto faz-me muito bem. Vou para o karaté mas não é para levantar a perna até ao telhado. Faço três vezes por semana. Às vezes puxa por nós, mas parece que estou mais leve”.

Esta classe de veteranos, com aulas no pavilhão escolar de Santo Onofre, “é um projeto pioneiro de envelhecimento com qualidade de vida”, sublinha Fernando Fidalgo, sensei do Clube Karate Shotokan de Caldas da Rainha.

“Há muita gente acima dos 60 anos a treinar mas começaram com 20. Não havia histórico de pessoas com mais de 60 anos a iniciar a prática”, indica.

As senhoras também participam e veem vantagens. Maria Florência, de 60 anos, cinto laranja, diz que “nunca tinha feito desporto e sinto-me bem”. “Mais equilíbrio”, é o grande reflexo, garantindo que “quero progredir até onde puder”

Fernanda Tomás, de 77 anos, afirma que pratica o karaté “para me distrair, para fazer bem ao corpo e à cabeça”.” Estou muito satisfeita de cá andar. Sinto-me muito melhor”, relata a cinturão azul, que ainda pode chegar até ao castanho. “Para chegar ao preto tinha de ser mais nova”, lamenta.

Irondina Pata, de 75 anos, cinto laranja, destaca que para além de fazer bem “à mente e ao corpo”, deixa-a ”mais confiante”. “A arte marcial não intimida. Nunca se sabe quando somos atacadas”, realça.

E porquê a escolha de uma arte marcial em vez de outro desporto? José Alves, de 80 anos, cinto laranja, explica: “O karaté é uma atividade que nos transmite paz. Sentimo-nos bem. Dá-nos mais força. Aprendemos a respirar. As dores desaparecem. É uma ginástica especial”. Começou a praticar há 30 anos, mas parou. Retomou há três anos.

Manuel Seixas, 70 anos, cinto azul, pratica há cerca de cinco anos. “Era cirurgião ortopédico e vi muitos idosos com fraturas. Caíam, porque escorregavam ou tropeçavam em casa, por falta de equilíbrio, perda de força muscular, falta de coordenação motora. Isto não vai evitar a nossa degradação mas de certeza que vai retardar”, defende.

São já 25 os praticantes veteranos neste clube. Não combatem a nível competitivo mas fazem exames para progredir e alguns até podem chegar a cinturão negro, um nível bastante elevado.

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