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Preparativos do Carnaval das Caldas ocupam coletividades com grande esforço

Francisco Gomes/Mariana Martinho/Marlene Sousa

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Estamos a chegar ao Carnaval. Nas Caldas da Rainha preparam-se os desfiles com os carros alegóricos e os foliões. Os grandes protagonistas são as coletividades que participam nos corsos. Este ano não há um tema específico, portanto, as associações tiveram que pensar num, desenhar os fatos, costurá-los e fazer a decoração do carro. Isto só é possível graças ao trabalho dos voluntários.
Garagem do Centro de Apoio Social do Nadadouro convertida num ateliê de costura

Estamos a chegar ao Carnaval.Nas Caldas da Rainha preparam-se os desfiles com os carros alegóricos e os foliões. Os grandes protagonistas são as coletividades que participam nos corsos. Este ano não há um tema específico, portanto, as associações tiveram que pensar num, desenhar os fatos, costurá-los e fazer a decoração do carro. Isto só é possível graças ao trabalho dos voluntários.

A garagem do Centro de Apoio Social do Nadadouro está convertida num ateliê de costura até ao Carnaval. Máquinas de costura, mesa de corte, agulhas e linhas, são utilizadas por dez costureiras, para dar forma aos trajes carnavalescos, que serão utilizados durante o desfile nos três dias de Carnaval (sábado à noite, domingo e terça-feira de Carnaval), na Avenida 1º de maio. Além dos trajes, os voluntários também preparam o carro alegórico, que desta vez escolheram como tema “Mil e uma noites”.

Os voluntários distribuídos pelas quatro mesas preparam a montagem todas as noites até ao carnaval. Um grupo fica encarregue dos acessórios, as costureiras das fantasias e outros do carro alegórico.

Alice Gesteiro, presidente da direção do centro, disse ao JORNAL DAS CALDAS que “este ano começámos a pensar e discutir ideias à volta dos desenhos animados e histórias de encantar até que chegamos às Mil e uma noites”. Como tal, este ano o Centro de Apoio Social do Nadadouro vai exibir odaliscas, sultões bem como um palácio, uma liteira e um dromedário, e para isso, “usamos vários materiais como cartão, madeira e tecidos novos e reciclados”.

Como é habitual, existe “um elevado capricho na confeção das fantasias, recorrendo à fértil imaginação, de forma que a indumentária espalhe o encanto colorido, enquanto desfila pela avenida”.

“As fantasias, que já estão todas preparadas, foram confecionadas pelas costureiras voluntárias, com tecido novos e reutilizados, como cortinados antigos. Aqui aproveitamos tudo”, explicou a responsável, adiantando que estão a ensaiar a coreografia e a terminar alguns pormenores no carro alegórico.

Num ambiente de alegria e boa disposição, as costureiras começaram a confecionar e pintar os acessórios na primeira semana de janeiro, “quase todos os dias”, para dar forma ao Carnaval.

“O desfile será composto por mais de cem pessoas de várias idades, desde os três anos até aos oitenta, vão representar o Nadadouro e a instituição. Há seis anos que participamos e é sempre uma animação”, afirmou a responsável do centro.

Arneirense com os reis

“Assim que acabou a passagem de ano começámos a sério a trabalhar no Carnaval”, revelou Anabela Patacho. “É muito trabalho. São todas as noites e aos sábados e domingos estamos cá todo o dia, tudo voluntário, com muito sacrifício de trabalho de máquina”, adiantou.

Fazer a roupa para os quase 200 figurantes não é tarefa fácil. “A secretária da direção sai do seu trabalho e vem logo para aqui. A maior parte dos dias acaba por nem jantar. O marido também é nosso secretário e está com ela a cortar. E depois temos o apoio dos outros todos”, descreveu Anabela Patacho. “É tudo feito aqui, não comprámos nada”, frisou.

A coletividade leva três carros. “Temos um carro dedicado ao transporte dos reis, outro é um avião com indianas e outro é o do capuchinho vermelho e lobo mau”, indicou.

Vilanovenses recriam banheira termal

A associação de Vila Nova, Alvorninha, o tempo de preparação do desfile “é muito pouco”, porque “tivemos a associação fechada e começámos a trabalhar a ideia em janeiro”, contou Ana Correia, de Os Vilanovenses. Ainda assim, apesar da pressão, faz-se o trabalho “com muita alegria”.

“São serões espetaculares, está a correr bem, não é costume as senhoras estarem já despachadas da costura mas este ano já estamos e por isso estarmos a ajudar nos carros. Já há cerca de vinte anos que participamos. A aldeia fica com o nome representado. Há pessoas que não são de cá mas vêm ajudar. O lugar está muito envelhecido. No desfile a maioria dos figurantes não é de cá”, relatou.

As Termas das Caldas são o tema que abordam no carro alegórico. “Há fatos de banhos antigos para homem e senhora, o anúncio de casas para alugar e uma banheira das termas”, referiu.

A imagem de políticos nacionais aparece no desfile e tem a ver com a palavra do ano – “geringonça”. É uma brincadeira para provocar um bocadinho”, disse Ana Correia.

Anjos e diabos em Alvorninha

A Associação de Desenvolvimento Social da Freguesia de Alvorninha tem um grupo bastante animado que prepara o carro principal e outros de apoio em instalações na aldeia do Paraíso. Bem a propósito, o tema a levar para o desfile nas Caldas é “anjos e diabos”.

“A preparação está a ser ótima, temos boa colaboração das pessoas. Temos passado serões a trabalhar com força, desde as oito da noite às vezes até às duas da manhã”, fez notar o presidente da instituição, Arcelino Martins.

É um carro muito elaborado com pormenores. “O Marcelo [Rebelo de Sousa] vem em cima da nuvem vestido de anjo, com corpo de anjinho ao encontro do Papa. O Trump é um bocado endiabrado e dá o mote aos diabos do grupo”, descreve Arcelino Martins. Há ainda um tanque e…o resto é para ver no desfile.

O presidente dá o exemplo ao desfilar também, “apesar ter idade para ser avô de muitos deles”, brincou.

Pimpões levam banhistas do século XX

O JORNAL DAS CALDAS foi à Sociedade de Instrução e Recreio os Pimpões e na sala multiusos estavam várias máquinas de costura e os fatos já estão quase prontos.

Os Pimpões decidiram ir de “Banhistas do Século XX”. “Fomos buscar a ideia da piscina da Rainha D. Leonor porque tem tudo a ver connosco e a cidade e quisemos também fazer uma alusão aos balneários da freguesia de Santo Onofre onde a nossa sede está situada”, disse Teresa Marques, presidente dos Pimpões.

Desfilarão pelos Pimpões 80 adultos e crianças.

Teresa Marques afirmou que a coletividade está “no bom caminho” e é uma “forma das pessoas se divertirem”.

Três desfiles

Nas Caldas da Rainha há três desfiles – 25 de fevereiro, 21h30 – desfile noturno; 26 e 28 de fevereiro, às 15h. Os reis são Zé Povinho e Maria da Paciência. A Câmara mantém o orçamento do ano passado, cerca de cem mil euros. São esperadas 25 mil pessoas. As entradas são livres.

Os participantes com carro são a Associação Recreativa do Coto, a Associação Cultural Desportiva Recreativa de Santo Onofre/Monte Olivett, Paróquia de Santa Catarina, Associação de Desenvolvimento Social da Freguesia de Alvorninha, Rancho “As Ceifeiras da Fanadia”, São Portugal (Guisado, Salir de Matos), Centro de Apoio Social do Nadadouro, Sporting Clube das Caldas, Associação Cultural e Recreativa “Os Vilanovenses”, Grupo Desportivo do Peso, Andar (Ramalhosa, Alvorninha), Rancho Folclórico “Flores da primavera” do Guisado, Centro de Apoio Social de São Gregório, Sociedade de Instrução e Recreio Os Pimpões, Grupo Desportivo do Landal e Arneirense/Os Oleiros e SuperFlash (três carros).

Com animação apeada apresentam-se os Grupos de Dança de São Gregório “Traquinas” e “3D”, Sociedade Filarmónica de Alvorninha, Rancho “As Ceifeiras da Fanadia”/Grupo de dança e Associação de Moradores e Amigos do Bairro Azul.

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