O alvo desta vez foi o posto ATM do supermercado Frescos do Oeste, junto à zona central da vila, onde cerca das 4h15 se verificou o rebentamento provocado por gás.

“Estavam dois padeiros a trabalhar no interior e um deles saiu para ver o que tinha acontecido e foi logo ameaçado para voltar para dentro senão morria, pelo que aparentemente estariam armados”, contou Marco Ferreira, responsável da loja.

“O assalto demorou dois ou três minutos, o tempo suficiente para levarem o dinheiro”, adiantou. No local foi deixada uma mangueira com um rastilho, que terá sido utilizada para o acionamento da explosão. Para além do posto ATM, também os vidros do estabelecimento ficaram destruídos.

No passado dia 18, os ladrões usaram gás e gasolina (atearam fogo a um pano com o combustível) e provocaram danos mas fugiram sem conseguir levar dinheiro.

No local mais central da vila da Serra d’El Rei, em Peniche, os ladrões tentaram retirar o cofre da caixa multibanco de uma dependência bancária, cerca das quatro da manhã.

Por razões que se desconhecem o plano falhou, tendo no local ficado uma garrafa com o combustível. O multibanco não explodiu mas acabou por ser vandalizado, ainda que isso de nada servisse aos autores da tentativa, que fugiram de mãos a abanar.

Mas se tivesse havido explosão poderia ter tido consequências mais gravosas porque há várias casas à volta e por cima do banco está instalado um lar de idosos.

A poucos quilómetros de distância, em Olho Marinho, no concelho de Óbidos, outra dependência bancária seria de seguida alvo dos ladrões, de novo com o mesmo método.

Mas aqui a combustão queimou o teclado e o visor do multibanco. Uma vez mais de nada valeu aos ladrões, que fugiram sem conseguir levar o cofre onde está o dinheiro do ATM.

As populações não se aperceberam das tentativas, ao contrário do que aconteceu no dia seguinte no Vimeiro, na Lourinhã, onde de madrugada três homens encapuzados são suspeitos de terem assaltado a caixa multibanco de uma dependência bancária, tendo tido acesso à gaveta do dinheiro após provocarem uma explosão.

“Faltavam dezasseis minutos para as quatro da manhã quando ouvi um grande estrondo e fui à janela. Vi um carro a fazer marcha atrás e a parar à porta do banco, de onde saíram dois indivíduos com a cara tapada e a transportarem na mão uma caixa, que seria a gaveta do Multibanco, que tinha sido carregado na véspera”, contou um morador na Rua do Cabecinha, onde está instalada a dependência bancária.

Segundo o residente, os larápios “tiveram alguma dificuldade em colocar a gaveta do dinheiro na bagageira do veículo, mas após um grito do condutor para se despacharem conseguiram fechar a mala do carro e fugiram”. Desconhece-se o valor levado.

Para trás ficou um rasto de destruição – vidros partidos, posto multibanco completamente escancarado e a base de pedra que o prende ao chão foi arrastada. “Caso calhasse estarem carros de moradores estacionados em frente ao banco, como é habitual, as consequências seriam mais graves”, adiantou outro habitante.

A GNR tomou conta da ocorrência, que, como nos outros casos, transitou para a investigação da Polícia Judiciária de Coimbra, que está a verificar se há relação com uma tentativa de assalto ocorrida no dia 14 no concelho da Lourinhã, numa caixa multibanco na aldeia de Moledo.

Francisco Gomes