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Largou o emprego e viajou de mochila por 19 países durante dez meses

Mariana Martinho

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Em 2014, o caldense Octávio Coutinho, de 33 anos decidiu largar o emprego e partiu à aventura, com tudo o que tinha poupado.
- Mapa com o circuito da aventura “De Mochila à Volta do Mundo” (DMVM)

Viajou durante dez meses, por 19 países e fotografou tudo. Poupou o que pôde, durante três anos de trabalho, no supermercado E. Leclerc, e decidiu viajar “ à boleia e pé” pelo mundo com a mochila às costas, com um “orçamento bastante reduzido”.

“A aventura começou no dia 13 de setembro do ano passado, quando decidi pegar na minha mochila, com apenas dois pares de calças, duas t-shirts, uma tenda, um computador, um carregador para o portátil, uma pen de internet, meias, uma máquina fotográfica, um filtro de água, diários que escrevia todos os dias e parti à aventura”, descreveu o caldense ao JORNAL DAS CALDAS.

Octávio Coutinho atravessou as fronteiras da Europa e começou a viagem por África, numa ampla rota que contou com a passagem por mais de uma dezena de países e de territórios. A aventura terminou no dia 15 de julho deste ano, conforme estava planeado. “Precisava de mais tempo, mas só tinha programado dez meses de viagem e queria voltar para os anos da minha irmã mais nova e, sobretudo, votar nas eleições em outubro”, contou.

“Parti primeiro para a África Ocidental, para o Senegal, depois fiz Gâmbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Turquia, Omã (Médio Oriente), Índia, Bangladesh, Singapura, Malásia, Tailândia, Camboja, Vietname, Laos, Myanmar, Sri Lanka, Dubai e Bulgária”, relatou.

“Desde criança que sonhava viajar pelo mundo, pois é um sonho normal de criança. O meu espírito aventureiro vem crescendo com as viagens que tenho feito, mas sempre precisei de novos desafios na minha vida”, disse.

Como tal, decidiu fazer esta viagem durante vinte meses em duas etapas, a primeira na Ásia e África e a segunda na América do Sul e Central.

Durante a viagem gastou cerca de seis mil euros para comer e por vezes para dormir, sendo que pelos locais por onde passava ia vivendo da boa vontade e generosidade daqueles com quem se ia cruzando. Também contou com ajuda do site Couchsurfing para arranjar alojamento em alguns locais.

Octávio Coutinho também mencionou que durante a sua estadia em Omã “nunca tive medo, pois a presença portuguesa ainda se faz sentir. A própria população convidava-me para ficar em casa deles, onde nunca tive problemas nenhuns, pois é um país muito seguro em relação a outros que tive oportunidade de visitar, com umas zonas lindíssimas e espetaculares”.

“Nunca passei por nenhuma situação perigosa, mas tive vários momentos de tensão, principalmente nas fronteiras, como no Bangladesh, quando não podia voltar para a Índia e não me queriam dar o visto. Em todos os países tive momentos bons, mas um momento que me marcou foi quando fiz doze quilómetros pela praia e mato a pé do Senegal até à fronteira com Gâmbia”, indicou.

“Ainda em África fiz uma viagem de doze horas de comboio de carga na Mauritânia. Já na Ásia, de novo de comboio, passei 40 horas num comboio sem lugar sentado. Por fim, depois de nove meses de viagem, senti uma nova energia em Myanmar, num local chamado Hpa-Na, um dos mais bonitos que visitei na minha Viagem”, acrescentou.

Sem mapas ou GPS, Octávio percorreu os doze países por vezes a pé outras de comboio, avião, autocarro, barco ou à boleia, apenas com o seu sentido de orientação.

Ao fim destes dez meses de viagem, o caldense concluiu que “em Portugal vivemos tranquilos e muito afortunados, pois as pessoas não sabem como é viver nestes países que tive oportunidade de visitar, pois um exemplo disso foi um episódio no Bangladesh de uma pessoa a pedir sem braços e pernas, a entrar no autocarro para pedir, sendo uma imagem que fica na memória de qualquer um. Em algumas cidades, verifica-se um grande contraste social”.

Confessou que de todos os países que visitou, os que mais o fascinaram foi a “India, Mali e Omã, pelas paisagens lindíssimas e cultura que têm”.

“O meu objetivo é conhecer tudo, sempre de mochila, com boa disposição e força de vontade”, afirmou. A diversidade dos países, povos e culturas que conheceu é tanta como as histórias que deles extraiu. Tanto que planeia já a segunda etapa para outubro deste ano, com início previsto na Argentina. Durante dez meses pretende visitar o maior número de países na América do Sul e América Central.

Segue através do facebook em: https://www.facebook.com/DMVMUNDO

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