Depois do município conseguir, penso que ainda neste mês de junho, a conquista burocrática do Hospital, o plano A prossegue e consiste, pura e simplesmente, apenas em ceder, ceder o Hospital Termal.
Ceder porque a Câmara não sabe, não tem apetência para tal, nem legalmente o pode gerir.
Ceder o Hospital Termal de “preferência a parceiros na área social,” e já que se cede ainda bem que a estes, embora o devesse ser com regras, de preferência consensuais das forças vivas da cidade. Mas caso tal cedência não seja possível, sê-lo-á a qualquer outro parceiro, grupo económico que apareça e o queira.
Caramba: assistimos de há alguns anos para cá a um plano otimamente elaborado, junto de todos os ministérios e governo, de conquista do património hospitalar de um engenho e arte exímio, e agora não resta um pouco mais de sapiência para, num momento crucial como este para o nosso Hospital, se ponderar um plano perspicaz para o Hospital Termal, que não este miserabilíssimo ato “administrativo” de cedência.
Conquistar pela ambição de vencer, de ter, de possuir, apoderando-se do que o governo dá e que nem ao estado pertence, por ser pertença da Instituição Hospital Termal, ficando na história como os que se conseguiram apropriar do património hospitalar, para depois o oferecer a outros, a estranhos, porque não há capacidade de orientar. Estes serão dois atos que a história avaliará.
Solicita também o sr. presidente da Câmara consenso dos partidos políticos para uma solução para o Hospital Termal. Consenso que se apreende seja o de que todos os partidos com representação nas Caldas da Rainha, consensualmente, aceitem o pensamento do Sr. Presidente e da maioria camarária, não havendo da parte do Dr. Tinta Ferreira o verdadeiro empreendimento de consenso, de compreender e debater também o pensamento dos partidos da oposição, apresentando também, para debate, o seu plano B, para conseguir, o que seria de facto, um consenso.
António Gaspar
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