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Comemorações do 25 de abril nas Caldas vão juntar diversas iniciativas

Francisco Gomes

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Não há fome que dê em fartura e depois de vários anos sem evocações do 16 de março, eis que pelo menos quatro iniciativas abertas ao público em geral foram realizadas no concelho para lembrar a revolta das Caldas - pela Câmara, PSD, PS e MVC.
Francisco Matos, do BE

Tem sido a data convenientemente assinalada e a memória não está esquecida na cidade? Foi bem assinalada este ano? E o 25 de abril? Estas questões foram abordadas na última emissão de “Pontos de Vista”, numa parceria entre a Mais Oeste Rádio e Jornal das Caldas.

“Parece-me ridículo que não se aproveite para a promoção da cidade, porque esta comemoração não pode ser década a década e de vez em quando”, comentou Francisco Matos, do BE. “A autarquia deveria ter, com uma antecedência grande, sentado à mesa as associações e os vários partidos políticos, para não fazer dispersar as pessoas pelas várias iniciativas que aconteceram, conseguindo um impato diferente”, manifestou, adiantando que em relações às comemorações de 25 de abril “devia-se aprender com este erro e fazer uma iniciativa mais abrangente, ouvindo partidos e associações, mas com o BE até agora ninguém ainda falou”. “É possível organizar iniciativas dinâmicas e criativas sem gastar muito dinheiro”, defendeu.

“Tem de se pensar em várias faixas etárias e ter os pais, filhos e avós a assistir a coisas que lhes interessem”, acrescentou.

Rui Gonçalves, do CDS-PP, sustentou que “já não há paciência para o modelo de sessão solene, em que falam os representantes de cada partido”. “É preciso reinventar a forma de comemorar estas datas porque aquele modelo está esgotado e é repetitivo, porque já sabemos, grosso modo, o que os políticos vão dizer”, afirmou.

“As comemorações nas Caldas e noutros sítios têm sido um bocado pobres, mas pode ser que agora mude e se dê outro brilhantismo à data”, declarou.

Quanto ao 16 de março, ironizou que “é interessante que ao fim de 40 anos surjam estas comemorações todas”. “Não sei se esta comemoração, de repente, foi pelo fato das comissões políticas do PSD e do PS terem mudado há pouco tempo e quererem mostrar serviço”, referiu.

José Carlos Abegão, do PS, confessou que “não gosto muito destes aniversários”, porque a comemoração adequada era “as pessoas terem um bom Governo e uma vida melhor”.

“O 16 de março e o 25 de abril vivem-se todos os dias e não num dia em que vai meia dúzia de manjericos dizer umas baboseiras que nós estamos todos fartos de ouvir, que não interessam a ninguém, porque vão dizer tudo aquilo que não fazem”, manifestou.

De qualquer forma, disse ter estado nas comemorações de 16 de março realizadas pela Câmara e pelo PS, e reconheceu que gostou de ambas, por ter ouvido explicações militares e não discursos políticos.

Edgar Ximenes, do MVC, referiu que “pode parecer enigmática esta proliferação de comemorações e nunca se ter falado tanto como agora, mas uma das explicações foi dita pelo major Matos Coelho, que esteve na sessão na Câmara, que é que só agora os próprios militares começam a falar. Ele até disse que houve como que um pacto de silêncio entre eles”.

“Também começam a aparecer estudos, investigações e mestrados sobre o assunto e depois a crise em que nós estamos, quanto mais não seja por um problema de consciência, parece que impeliu todas as forças políticas para comemorarem o 25 de abril. Mas parece-me que, em relação ao 16 de março, foi muito interessante e positivo terem havido eventos variados. Se houver demasiada concertação, não sei se deixa de ser menos espontâneo e autêntico e não terá menos piada”, disse.

“Gostei imenso de ter participado na iniciativa que foi organizada pelo movimento a que pertenço e gostaria de ter assistido a todas, mas aquela que me despertaria menos interesse era onde esteve o Primeiro-Ministro”, adiantou.

António Cipriano, do PSD, revelou que sobre as comemorações do 25 de abril nas Caldas da Rainha “existem já agendadas muitas iniciativas culturais e desportivas e a democracia local terá a sua voz, com os partidos a participarem”. “É um conjunto muito vasto de atividades, onde cada partido terá a sua parte própria, fora daquela lógica de ritual que acontece na Assembleia da República, e onde os jovens terão a simulação de uma assembleia municipal em que poderão aprender os valores de abril”.

Sobre o 16 de março, sustentou que “faz sentido não nos ficarmos apenas por um único acontecimento formal organizado pelo município e darmos largas à liberdade dos partidos e associações”.

José Carlos Faria, da CDU, reconheceu que “começa a haver investigação histórica aprofundada que nos permite clarificar um pouco a situação”.

“Saúdo a súbita descoberta do 25 de abril pelo PSD”, manifestou, ironizando: “Ainda há poucos anos havia outdoors do PSD a dizer que não queria “revolução” mas sim “evolução”. E o primeiro-ministro da altura e hoje presidente da república, Cavaco Silva, aparece ostensivamente na Assembleia da República sem cravo ao peito. Esta empatia com o 25 de abril é altamente discutível”.

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