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Plataforma de utentes de saúde acusa administração do CHO de faltar aos compromissos

Francisco Gomes

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A Plataforma Oestina de Comissões de Utentes da Saúde acusa o conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) de não pretender garantir que o acesso à saúde seja igual para todos os cidadãos da região.
António José Correia e Rogério Cação, Jaime Neto e Jorge Horta Ferreira

Em conferência de imprensa realizada na passada sexta-feira na Comunidade Intermunicipal do Oeste – OesteCIM, em Caldas da Rainha, a Plataforma, constituída pela Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital” de Caldas da Rainha, pela Comissão Municipal de Acompanhamento do Hospital de Peniche e pela Comissão de Utentes de Saúde de Torres Vedras, manifestou que no processo de reorganização dos cuidados de saúde na zona oeste”, o presidente do CHO, Carlos Sá, está a falhar com os dois compromissos assumidos: “Debater abertamente as propostas apresentadas, acolhendo as que se revelassem mais consensuais no seio do grupo, e fornecer um documento resultante dessas reuniões, que contivesse a proposta global de reorganização hospitalar do Oeste a enviar à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT)

“Em relação ao primeiro compromisso, o dr. Carlos Sá teve desde a primeira hora uma postura intransigente, mostrando-se fechado a quaisquer contributos que não correspondessem às suas ideias pré-definidas. No que respeita ao segundo compromisso, e após ter sido garantido nas primeiras reuniões que a proposta seria entregue a todos os participantes, não nos chegou até à data qualquer documentação nem foram dadas justificações plausíveis para esse incumprimento”, revelou a Plataforma.

“Aproxima-se o momento das decisões finais sobre os cuidados hospitalares a prestar na região Oeste pelo CHO, tendo a proposta de reorganização sido enviada à ARS-LVT sem conhecimento prévio de nenhuma das partes interessadas, e é do conhecimento geral que mesmo sem aprovação oficial já está em marcha a redução e encerramento de vários serviços. Urge portanto reafirmar a nossa veemente condenação deste processo de reorganização, errado e mal conduzido desde o início, denunciando-o publicamente pelos prejuízos que pode causar no futuro à vida de milhares de pessoas”, manifestou.

A Plataforma considera “inaceitável” que não se mantenham em funcionamento as especialidades básicas médicas e cirúrgicas, com todas as suas vertentes, nos pólos de Caldas da Rainha e Torres Vedras. “Não aceitamos também o encerramento ou a despromoção de urgências em Peniche, Torres Vedras ou Caldas, dado que isso irá potenciar muitas das carências que já se verificam atualmente, colocando em sérios riscos a saúde das populações”, sublinhou.

“Também não podemos aceitar a cedência precária do Hospital Termal de Caldas da Rainha e do seu património a terceiros, sem um projeto participado pelas populações locais e regionais e também sem um estudo de viabilidade económica e financeira”, fez notar.

“As medidas anunciadas pela administração do CHO para a reorganização dos serviços hospitalares não contemplam qualquer ideia ou plano credível de transportes dentro da região, manifestando aliás uma grande insensibilidade em relação a um problema que foi criado pelos próprios mas que será a população a pagar com custos insuportáveis. A ignorância propositada desse problema terá como consequência uma sobrecarga dos cidadãos e das famílias com o custo acrescido das deslocações entre os diversos pólos hospitalares”, denunciou a Plataforma, representada pelos porta-vozes das comissões de Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras, respetivamente António José Correia e Rogério Cação, Jaime Neto e Jorge Horta Ferreira.

Uma audiência com caráter de urgência ao ministro da Saúde foi solicitada pela Plataforma para apresentação das suas ideias e preocupações.

Autarcas desagradados

O Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Oeste, constituído pelos Presidentes dos Municípios integrantes da Região Oeste (Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras), deliberou por unanimidade, reiterar o pedido de audiência dirigido ao ministro da Saúde, bem como solicitar o envio de documento “A Reorganização das Unidades Hospitalares da Região Oeste”.

A OesteCIM, enquanto membro integrante do “Grupo de Trabalho do Centro Hospitalar do Oeste”, mostra o seu “desagrado e repúdio relativamente à falta de transparência nas reuniões de trabalho, à ausência de documentação e à sugestão de que os 12 municípios da Região Oeste devem contribuir financeiramente no transporte dos doentes aos diferentes centros Hospitalares, sendo esta uma competência da administração central no âmbito das suas responsabilidades no setor dos cuidados de saúde”.

Francisco Gomes

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