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EDITORIAL

O burro e a vaca do Presépio

Clara Bernardino

EXCLUSIVO

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Quando éramos pequenos, o Natal significava o “nascimento” de Jesus, o Deus-Menino que veio ao mundo com a missão de nos salvar. Era o tempo da família. Era o tempo de reunir os familiares mais chegados e os mais afastados e, em ambiente festivo, recordar os que já tinham partido e homenagear a inocência dos mais pequenos, porque deles seria o futuro do mundo.

Em algumas casas, fazia-se o Presépio com todas as figurinhas que se iam acrescentando todos os anos: os pastorinhos, as ovelhinhas, os Reis Magos; e Presépio que se prezasse tinha de ter musgo ou algo verde a imitar os caminhos longínquos por onde os Reis tinham vindo para adorar o Menino. E em cada casa, o “Menino” era adorado, pois só a sua inocência podia fazer renascer a esperança. Em minha casa, o Presépio era feito de maneira especial: o Menino só era colocado nas palhinhas à meia-noite. Para mim que era o “Menino Jesus” da casa, não teria sentido de outra maneira. Então ele não era tão esperado por todos? Ele era o “Rei” do dia, a pessoa especial, o menino que nascia para o mundo. As pessoas importantes são sempre as últimas a chegar. Por isso, para mim, que era criança ainda pequena, o presépio só estava completo à meia-noite, quando ele nascia.

Segundo Bento XVI, no sítio onde Jesus nasceu “não havia animais”, afirmação que retira do presépio (estábulo) as imagens do burro e da vaca. O Papa confirma, ainda, na sua mais recente obra, que o “Menino” terá nascido seis a sete anos antes da data oficial.

A tradição centrou o seu nascimento numa gruta onde viria a ser erguida a Basílica da Natividade, em Belém. Dizem-nos as páginas da História que o “presépio” se tornou popular com S. Francisco, que em 1233 criou, na noite de Natal, um presépio vivo, na cidade italiana de Greccio. Se o Papa afirma que “não havia animais”, também ninguém nos explica por que motivo terá S. Francisco recriado o presépio com a presença de um burro e de uma vaca. E será que isso importa?

Se havia ou não burro e vaca a aquecer com o seu bafo o corpinho tenro do bebé acabado de nascer, não sabemos. Não estávamos lá. Nem nós, nem o Papa. E se estes animais não estavam lá, por que razão é que neste ano, em que se fazem revelações que têm feito correr tanta tinta, o Vaticano tem um Presépio onde constam as figuras “emblemáticas” dos primeiros animais que aqueceram o Menino?

Com burro e vaca ou sem eles, o Presépio é e continuará a ser o símbolo do Natal. A simplicidade e a pobreza que envolveram o nascimento daquela criança que, segundo as antigas escrituras, deu a vida para nos salvar, continuará a significar o que sempre significou nos corações de todos aqueles que acreditam no Natal e que acreditam que, independentemente, do dia exato e da hora exata em que Jesus nasceu, o Natal acontece sempre que partilharmos o pouco que temos, dermos conforto a quem precisa dele e tivermos a humildade de aceitar a ajuda e o carinho que os outros tiverem para nos dar.

Em nome da equipa que faz o Região da Nazaré e o Jornal das Caldas, desejamos a todos os nossos Leitores, Assinantes, Anunciantes, Parceiros e a todos os Órgãos de Comunicação Social, que fazem as notícias para o público da nossa Região, um Feliz e Santo Natal!

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