“Face ao facto de não haver tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, acha bem que se faça o desfile carnavalesco sábado à noite em vez de terça à tarde? Domingo à tarde mantém-se. Diga se gosta ou não”. Este o repto lançado por Fernando Costa, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, no Facebook. O autarca aproveitou a maior rede social na Internet, onde tem mais de 4700 amigos, para fazer uma auscultação à população. No fecho desta edição, o edil tinha recebido cerca de uma centena de “gostos”, mas os comentadores dividiram-se nas opiniões. A alinhar pela resposta de “boa solução” houve várias opiniões. Lurdes Enxuto comentou que “é uma boa ideia, porque assim o pessoal janta mais cedo e vai para a farra até se fartar”. “Concordo inteiramente com um desfile noturno, é uma experiência diferente”, considerou Sara Malhoa. Zé Carlos apontou que “o único inconveniente é que também existe o Carnaval noturno da Benedita e isso vai dividir muito o pessoal”. Maria João indicou que sábado à tarde ou à noite são alternativas à ausência de tolerância de ponto na terça-feira. Carlos Elias contrapôs que “fazendo na noite de sábado os intervenientes diretos no desfile ficam com poucas horas para descansar, até porque depois existem os bailes e no caso de alguns carros terem de ser “retocados” são poucas horas para tal”. Lançou, por isso a ideia de sexta-feira à noite. Tiago Trincadeiro defendeu que o Carnaval das Caldas “já se torna uma das referências da zona centro, o que faz com que a cidade receba imenso público e isso é bom para a economia local”, pelo que fazendo sábado à noite o comércio não iria aproveitar porque a maioria estaria fechado. Já Hugo Santos é perentório: “Acham que o tempo permite algum tipo de conforto aos participantes ou a quem assiste ao desfile? Por mim é um não”. Margarida Freitas comentou que “qualquer dia subvertemos as datas todas”, enquanto que José Manuel Cardoso interrogou que “se estamos todos em contenção, porque não só no domingo”. Nelson Reis também questionou: “Porque não dar tolerância na Câmara das Caldas?”. Quem perderá se apenas houver um desfile serão as coletividades, que não poderão usufruir de um dia em que podiam reunir mais verbas no peditório que será feito no cortejo. António Carneiro, presidente da Turismo do Oeste, considera a decisão do Governo “uma aberração”. “Com os corsos, de entre outros de menor tradição, em Torres Vedras (um dos maiores do País), Peniche, Nazaré ou Caldas da Rainha, a Região Oeste será profundamente afetada”, frisa este responsável, que se mostra “solidário com Municípios, organizações, hotelaria e restauração”. Francisco Gomes