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Discussão sobre a higiene e limpeza no concelho

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Não se conseguiu chegar a qualquer solução na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha após uma hora de discussão sobre a higiene e limpeza no concelho, num assunto pedido para ser discutido por parte do CDS/PP. O assunto só aqueceu quando Pedro Marques, deputado do PSD, acusou Fernando Rocha, deputado do Bloco de Esquerda, dos […]
Discussão sobre a higiene e limpeza no concelho

Não se conseguiu chegar a qualquer solução na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha após uma hora de discussão sobre a higiene e limpeza no concelho, num assunto pedido para ser discutido por parte do CDS/PP. O assunto só aqueceu quando Pedro Marques, deputado do PSD, acusou Fernando Rocha, deputado do Bloco de Esquerda, dos seus camaradas colarem propaganda política em edifícios públicos. “Eu vi um elemento do seu partido (Bloco de Esquerda) a fazer colagens partidárias num edifício camarário, ao lado de uma placa de inauguração. Isso não fica bem a um cidadão nem a um partido político e se nós queremos pedir limpeza da nossa cidade e exigir à Câmara, aos partidos e a nós temos que exigir muito mais. Acho muito feio um partido andar a fazer colagens em edifícios públicos de panfletos partidários”, disse Pedro Marques, indo de imediato mostrar fotografias do acto ao deputado do Bloco, que pouco antes tinha dito que “a cidade das Caldas está porca”. Fernando Rocha não gostou desta acusação e protestou dizendo que “não há locais próprios para a afixação da propaganda política”. “É fácil aos grandes partidos que dispõem de enormes meios vir criticar os outros que não têm dinheiro e têm que se socorrer da militância para o fazer. Um cartaz político não é propriamente porcaria. Se for um edifício público relativamente degradado qual é o problema de afixar alguma propaganda”, interrogou o bloquista, referindo-se desta forma ao edifício do Parque de Estacionamento da Praça 5 de Outubro. Lalanda Ribeiro, líder da bancada do PSD, e Tinta Ferreira, vice-presidente da Câmara, frisaram junto do deputado Municipal que o edifício do Parque de Estacionamento da Praça 5 de Outubro “é um edifício público” e “é proibida a afixação de propaganda e publicidade”, referindo ainda que “existem locais próprios para o fazer”. Quanto ao tema principal, Duarte Nuno, do CDS/PP, declarou que “temos uma cidade porca”, onde os operários da edilidade “não têm dignidade no seu trabalho”, porque as instalações onde trabalham “chocam”. “Não faz sentido que um funcionário que anda a limpar as ruas a despejar o lixo não tenha farda própria atribuída pelo município e leve a roupa para casa para ser lavada na máquina de lavar da família, juntamente com outra roupa. O município tem que adquirir fardamentos e esse fardamento não é só por razões de segurança e higiene, mas também razões de identificação”, manifestou. Vítor Fernandes, deputado da CDU, concordou com a intervenção do deputado centrista, reforçando a ideia de que “a cidade está muito longe de estar limpa e de ter o aspecto que devia ter, tendo em conta a importância do concelho e da cidade, que se autoproclama termal e da saúde”. Jorge Sobral, líder da bancada do PS, considerou que “o civismo é importante mas também tem que ser implementado”. Para o socialista “os funcionários das esplanadas da zona da praça 5 de Outubro deveriam ser responsabilizados de deixar as suas áreas limpas”, referindo-se também à zona do mercado, cuja imagem “é degradante”. Para Jorge Sobral, também o corte dos caniços junto ao Centro de Saúde deixou a descoberto uma lixeira, aconselhando por isso que o dono do terreno proceda à sua limpeza. O secretário da Junta de Freguesia de Tornada, José João, aconselhou os colegas da Assembleia a alertarem a população para usarem melhor os contentores, com folhetos informativos. Também o presidente da Junta da Serra do Bouro, Álvaro Baltazar, manifestou que a limpeza e aspecto da cidade “é uma situação que também me preocupa e que precisa de ser melhorada”. “Não é só por o lixo acondicionado nos sacos mas também não se pôr lixo no chão. A batalha do civismo ainda está longe de ser ganha. Quem manda devia tentar sensibilizar junto dos jovens a importância da limpeza”, disse. Para o autarca, os grafites é outro assunto que mancha a imagem de limpeza da cidade e que deveria ser resolvida. “No centro das Caldas não há uma única parede, porta ou janela, que não esteja pintada. É um aspecto que salta à vista de quem nos visita, ainda para mais no centro da cidade”, alertou. Comungando desta mesma preocupação esteve António Ferreira, deputado do PS, que acrescentou ainda o “estacionamento dos carros a fazer publicidade em rotundas estratégicas da cidade”. Para o deputado a degradação do espaço público na cidade deve-se a duas razões – falta de actuação da Câmara e das forças policiais e a falta de vivência desses espaços públicos. Vasco Oliveira, presidente da Junta de Nossa Senhora do Pópulo, anunciou a compra de papeleiras e de 50 mil sacos para distribuição na freguesia, lembrando que organizou uma acção de sensibilização onde esteve um técnico da Câmara e outro da Valorsul, mas apenas “compareceram duas pessoas”. Lalanda Ribeiro, líder da bancada do PSD, lamentou o facto das paredes da cidade “estarem pintadas”, fazendo votos para que a iniciativa da Junta tenha sucesso, uma vez que nem o edifício sede da Junta escapou aos riscos dos grafites. Maria de Jesus Fernandes, deputada do PS, lembrou os mecanismos legais que obrigam os privados a limpar terrenos e a punir quem suja a cidade, aconselhando que a Câmara fale com a Valorsul e realize uma campanha para “atingir melhores desempenhos”. Para o vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, este assunto da limpeza é recorrente, apesar de ter consciência de não haver uma solução óptima. “Existem carências, dificuldades de operacionalização, que provocam que as coisas não funcionem tão bem quanto desejaríamos. Mas estamos, com os meios que temos à disposição, a fazer um esforço para melhorar o que temos. Temos a noção que estas coisas para melhorar significativamente têm um custo significativo e a nossa opção, aprovada por esta Assembleia e Câmara, em não cobrar taxa de lixo, condiciona as receitas necessárias para fazer um trabalho mais perfeito e em maior profundidade”, disse. Depois de uma hora de discussão não saiu nenhuma proposta. Carlos Barroso

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