Ano lectivo na Escola de Sargentos abriu oficialmente A Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha, realizou a cerimónia que marca a abertura oficial do ano lectivo de 2010/2011 e o término dos 35º Curso de Formação de Sargentos (CFS)/Serviço de Saúde, do 37º CFS Armas e Serviços (A/S) e do 21º Curso de Promoção a Sargento Chefe (CPSC). Com a presença do tenente general comandante da Instrução e Doutrina, a ESE abriu oficialmente o novo ano lectivo, com o 22º CPSC e o 39º CFS já em funcionamento. “Temos como missão primária, assegurar a preparação militar, sócio-cultural, científica e técnica necessária ao ingresso e progressão na carreira de sargentos dos quadros permanentes do Exército Português”, manifestou o comandante da unidade, coronel Alves de Oliveira. Ao 39º CFS concorreram 911 candidatos para 155 vagas, tendo sido admitidos 146 instruendos, distribuídos pelos diversos agrupamentos de Armas e Serviços. Estão actualmente em curso na ESE, 150 alunos, dos quais três são da República de Moçambique, um da República Democrática de Timor-Leste e outro da República Democrática de São Tomé e Príncipe. No ano lectivo transacto a ESE ministrou o 1º ano do 38º CFS, tendo terminado com aproveitamento 149 alunos, o que corresponde a 97% dos ingressos na escola. Por terem concluído a segunda fase do curso, em Outubro, ingressaram nos quadros permanentes (QP) do Exército na categoria de Sargento, 132 militares, sendo 14 do sexo feminino, militares estes oriundos do 35º CFS/Serviço de Saúde e do 37º CFS A/S – os novos sargentos do QP que receberam as cartas de Curso. Ainda no ano lectivo transacto, a escola ministrou o 1º Curso de Promoção a Sargento Ajudante (CPSA)/2009 com um total de 17 militares, o 1º CPSA/2010 com um efectivo de 87 militares, e o 21º CPSC, o qual contou com 12 militares e cuja média final de curso de 16,7 valores. Mas a actividade da ESE durante o ano lectivo transacto não se circunscreveu à formação dos novos sargentos do Exército português. No âmbito do programa-quadro de cooperação técnico-militar com a República de Moçambique prestou apoio à formação de sargentos das Forças Armadas de Moçambique – onde esta a ESE mantém a responsabilidade da nomeação do respectivo director técnico, um oficial superior, um adjunto capitão e um sargento. Foi também realizado um curso de formação pedagógica inicial de formadores, à maioria dos alunos do 37ºCFS. No âmbito da prestação de serviços à comunidade, a ESE apoiou mais de duas dezenas de instituições e cerca de 2000 pessoas, cedendo temporariamente material de aquartelamento, instalações e a carreira de tiro de 25 metros, dando apoio à realização de actividades físicas e desportivas, fornecendo alimentação e alojamento, e realizando formações orientadas para a liderança de pequenos grupos. De acordo com o coronel Alves de Oliveira, afiguram-se “novos desafios e novas oportunidades”. “As novas solicitações, riscos e ameaças do ambiente operacional, multinacional e multicultural e as exigências crescentes de natureza técnica e tecnológica, associados à introdução de novas capacidades e de novos equipamentos no Exército, exigem dos militares novos quadros mentais e a detenção de outras competências, suportadas em processos de ensino-aprendizagem actualizados e adaptados aos tempos modernos”, sustentou. A nível interno, a reestruturação da carreira dos sargentos, a revisão do quadro legal de referência onde se insere a ESE e a ponderação sobre a provável alteração da qualificação de base da categoria de sargento, são desafios que se colocam e que foram o tema da lição inaugural deste ano lectivo. Para o comandante, “para concretizar as oportunidades que os desafios oferecem, seria importante a concretização de alguns projectos: A passagem definitiva de uma matriz regimental para um modelo de escola de formação e o consequente ajustamento ao nível dos critérios de selecção dos recursos humanos, particularmente os que estão agregados às áreas do ensino; A revisão das normas de admissão ao CFS, de forma a incorporar algumas alterações decorrentes da evolução do contexto externo e interno, tornando-o mais flexível e diferenciador, e o ajustamento curricular do CPSC”. ?Francisco Gomes