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Declarações políticas em Tribunal

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“(…) o sr. dr. Fernando Costa deveria estar calado. O sr. facilita muito a vida dos seus amigos, mesmo às vezes responsáveis de grandes atrocidades. (…) o sr. é que é o responsável. O sr. não pode pôr indivíduos incompetentes, que são até corruptos, em lugares de cúpula dentro da Câmara. O sr. não pode […]
Declarações políticas em Tribunal

“(…) o sr. dr. Fernando Costa deveria estar calado. O sr. facilita muito a vida dos seus amigos, mesmo às vezes responsáveis de grandes atrocidades. (…) o sr. é que é o responsável. O sr. não pode pôr indivíduos incompetentes, que são até corruptos, em lugares de cúpula dentro da Câmara. O sr. não pode prestar homenagem a indivíduos que não foram sérios. Isso é que o prejudica. (…) o sr. sabe de um presidente de Junta que cometeu o crime de peculato e deixou de ser presidente de Junta e foi trabalhar com ele. Estou-me a referir ao presidente da Junta dos Vidais, por exemplo. Fez um contrato de aumento do cemitério em que era dado por 200 contos e ele disse que eram 600 contos e dividiram entre eles. (…) o facto é que ele não se recandidatou. (…) todos erram e arranjam os seus padrinhos”. Estas foram as afirmações que Tarcísio Lemos, candidato do CDS-PP em 2005 durante um debate na TSF-Caldas com todos os concorrentes à Câmara das Caldas e que o levaram ao banco dos réus, numa acção movida por José António Silva, antigo presidente de Junta dos Vidais e que actualmente exerce funções como comandante dos bombeiros das Caldas e administrador dos Serviços Municipalizados da edilidade. O julgamento está na sua quarta sessão e vai continuar no dia 6 de Janeiro, pelas 14 horas. Na sessão realizada no passado dia 22 foram ouvidos António Galamba, então candidato pelo PS à Câmara das Caldas e actualmente Governador Civil de Lisboa. Aliás, foi devido a essa condição que foi o primeiro a ser ouvido pela juiz, tendo revelado que durante o debate Fernando Costa tinha assumido publicamente que cometia ilegalidades, não respeitando o PDM, e que as alegadas acusações seriam para atingir o presidente da Câmara e o antigo presidente da Junta, que na altura dos factos ainda não era seu conhecido. “O que estava a ser atacado era o comportamento ético do candidato do PSD. Houve vários ataques mais ou menos constantes. O PSD assumiu durante o debate que cometia ilegalidades com o PDM e foi alvo de acusações. O debate foi marcado por grande tensão e esta acusação foi um pouco mais acima das outras, mas estarão ao nível daquela afirmação do presidente da Câmara que assumiu publicamente que cometia ilegalidades”, referiu António Galamba durante o seu depoimento. Poucos minutos depois sentou-se no banco das testemunhas Fernando Costa, actual presidente da Câmara e na altura dos factos candidato ao lugar que ocupa há duas décadas. O presidente da Câmara foi confrontado pelo advogado de Tarcisio Lemos, José Salvado, com o facto de ter nomeado José António Silva como seu adjunto, quando o mesmo não teria habilitações mínimas, ou seja, o nono ano de escolaridade, uma vez que o queixoso assumiu em Tribunal ter apenas o sexto ano de escolaridade. Fernando Costa assumiu que nomeou o homem “pela sua competência e experiência, que lhe deram atribuições para desempenhar as funções”, não estando em julgamento a sua nomeação, numa situação que obteve o apoio da juiz tutelar deste caso. Sobre o debate, Fernando Costa declarou que “não foi anormal ao que é normal. Um debate civilizado, mas tenho presente o incidente como uma situação injuriosa e que me surpreendeu. Foi um incidente desagradável com acusações a obras do cemitério, com a má utilização de dinheiros públicos”. O presidente da Câmara declarou que Tarcisio Lemos se referia “em concreto ao ex-presidente da Junta dos Vidais e ao meu colaborador. Disse que era um antigo presidente de Junta e que agora trabalha comigo. As pessoas que participam na vida pública, identificaram-no. Eu fui abordado por pessoas na rua porque toda a gente percebeu que era o José António”. Fernando Costa disse também que as declarações eram para o atingir a si, mas sublinhou que José António após o debate esteve no seu gabinete e “convidou-me a exonerá-lo”. “O sr. Tarcisio elogiou-me e depois disse coisas violentas sobre o José António. Estava a acusar-me de cúmplice e de peculato. Não fiquei descansado. Passaram-se tantos anos e nunca tinha ouvido falar disto. Nem as inspecções levantaram este caso. Fiquei surpreendido”, frisou. Nesta sessão foi também ouvido o jornalista que moderou o debate, António Carvalho. A próxima sessão, em Janeiro, irá ouvir mais testemunhas. Carlos Barroso

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