O abatimento de vários pinheiros junto à ESAD, há duas semanas, foi alvo de criticas por parte dos deputados na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, tendo o presidente da autarquia garantido que autorizou o abate das árvores, que vão ser replantadas. Fernando Costa começou por explicar que o corte de pinheiros “é delicado, porque a Câmara notificou o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), por existirem alguns pinheiros mortos e secos, na EN 8, junto ao quartel, que ameaçavam cair”. O autarca recordou que “quando uma árvore cai, provoca prejuízos graves”, lembrando que “quando são árvores para cortar todos querem que sejam deles para as vender, mas quando caem junto a uma estrada ou em cima de um carro, toda a gente diz que a arvore é da Câmara, como já aconteceu com instituições a quem fica mal ter este tipo de atitude”. Fernando Costa revelou ainda que “há intenção do IPL em cortar todo o pinhal e replantar tudo outra vez”, garantindo que “o PDM naquela zona prevê a urbanização de equipamentos públicos”. O abate de pinheiros na faixa de 50 metros pertencentes ao Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, (CHCR) levou os responsáveis desta instituição a chamarem as autoridades policiais e a pedirem uma reunião de emergência com o IPL. Vasco Trancoso, presidente do CHCR, revelou que na reunião “o IPL reconheceu que teve um erro lamentável e pediram desculpas por esse erro grosseiro e disponibilizaram-se a indemnizar”, tendo ficado conversado “a reflorestação da área correspondente”. O responsável explicou que na área que está afecta ao CHCR “foram cortados 76 pinheiros, sendo que 36 foram cortados há dois meses e 40 no dia 25 de Fevereiro”. Vasco Trancoso revelou ainda que “há intenção do IPL em cortar os pinheiros que estão em volta da ESAD porque há queixas por parte dos alunos de quedas de troncos de pinheiros em cima das viaturas e dos próprios alunos”. O presidente do CHCR garantiu que ficou acordado ainda que “numa pequena faixa junto ao terreno do CHCR vão ser requalificadas as espécies arbóreas para darem melhor coberto vegetal”. O socialista Mário Tavares classificou o corte dos pinheiros como “uma razia”, apesar de concordar que as árvores podem “representar perigo para pessoas e as instalações”. Ainda assim pediu que a Câmara “tomasse conhecimento deste assunto porque denota mais uma vez uma ausência de relacionamento entre a instituição (CHCR) e a edilidade”. Já o deputado do PSD, Rui Gomes, lamentou o facto de se “estar a construir cimento a mais na zona das antigas instalações da Secla”, chamando a atenção para o facto de terem sido abatidos mais de cem pinheiros. “Se era para cortar pinheiros podres não se corta a esmo. Cortam-se os podres apenas. Não se põe uma fita em volta das árvores até à ESAD. A cidade das Caldas já tem muito poucas árvores para aquelas que deveria ter”, lamentou. Carlos Barroso