Mais de 400 operacionais que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) e de outras entidades participaram na passada sexta-feira no Exercício FIREX’24, entre a povoação de Fanhais e Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, promovido pelo Comando Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Foi testada a resposta numa situação excecional decorrente de um incêndio rural, com impacto na área urbana, onde foram evacuadas uma escola e duas empresas na Área de Localização Empresarial de Valado dos Frades.
Foi ativada uma zona de concentração e apoio à população e simuladas situações de trauma, de emergência médica, de apoio psicológico e social e de resposta logística, numa grande articulação de meios terrestres e aéreos de diversos agentes de Proteção Civil da região de Lisboa e Vale do Tejo (Setúbal, Lisboa, Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste) e também da região de Leiria, nomeadamente corporações de bombeiros bem como operacionais do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, GNR, INEM, Polícia Judiciária, Sapadores Florestais e outros agentes de Proteção Civil que concorrem para a supressão dos incêndios rurais, bem como entidades com especial dever de cooperação, para além do Município da Nazaré no suporte logístico.
Tendo como cenário principal o combate a um incêndio florestal num contexto complexo, procurou-se testar várias circunstâncias que podem ocorrer, preparando a entrada em funções a 15 de maio do DECIR.
Este exercício regional foi desenvolvido ao longo de onze horas e permitiu verificar falhas e arestas por limar, para melhorar a resposta operacional num caso real.
Elísio Oliveira, comandante regional de Lisboa e Vale do Tejo da ANEPC, afirmou que “mais do que a própria movimentação de meios no teatro de operações, é importante a organização quer do posto de comando, com as suas diferentes células e núcleos, com as valências respetivas, para garantir a coordenação, quer a organização do teatro de operações, com a localização das diferentes infraestruturas”.
“Outro aspeto importante é o papel do cidadão, daí que seja treinada a evacuação para um ponto de abrigo”, sublinhou.
“Temos de estar preparados para tudo o que possa acontecer”, manifestou o comandante regional.
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