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Sr. Jacinto: uma loja de artistas caldenses, marcas portuguesas e muita história

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O nome Sr. Jacinto existe há diversas décadas. “Sr. Jacinto era o avô do meu marido, que começou a trabalhar aqui muito novo, onde já era uma retrosaria de José Marques Henriques”, contou Cláudia Henriques, mulher de Samuel Jacinto, ambos atualmente responsáveis pela loja de retrosaria & concept store design, peças de autor e mobiliário próprio, situada na Rua Miguel Bombarda, nº7 e nº9, nas Caldas da Rainha.
Cláudia Henriques é a atual proprietária do Sr. Jacinto

O nome Sr. Jacinto existe há diversas décadas. “Sr. Jacinto era o avô do meu marido, que começou a trabalhar aqui muito novo, onde já era uma retrosaria de José Marques Henriques”, contou Cláudia Henriques, mulher de Samuel Jacinto, ambos atualmente responsáveis pela loja de retrosaria & concept store design, peças de autor e mobiliário próprio, situada na Rua Miguel Bombarda, nº7 e nº9, nas Caldas da Rainha.

O novo conceito, que começou em 2019, baseia-se numa “fusão de ideias, pessoas e marcas”, com muita diversidade e originalidade dos produtos escolhidos para apresentar ao público.

A retrosaria apresenta somente produtos portugueses e ficou como homenagem ao Sr. Jacinto, no trabalho que este desenvolveu durante décadas: “Temos um bocadinho de tudo”. Os fornecedores são maioritariamente do norte e a loja trabalha com as fábricas com as quais António Jacinto já operava, e marcas como a Pardo, com mantas 100% algodão, e a Antiga Barbearia do Bairro.

O espaço destaca-se por ter uma linha de mobiliário “Sr. Jacinto Home Design”, que Cláudia quer impulsionar cada vez mais: “A revenda tornou-se muito complicada. Ou é um volume muito grande ou é muito difícil uma loja subsistir da revenda. A nossa estratégia passa por alavancar a nossa marca”.

Além das marcas que, segundo Cláudia, “trazem-nos valor e produtos de muita qualidade feitos em Portugal”, são os artistas que “trazem diferenciação”.

Nas páginas de Facebook e Instagram é apresentado o “Ciclo de Exposições”, de maio a agosto, para artistas que querem divulgar a sua arte: “O ciclo de exposições funciona dando um espaço de uma semana a cada novo artista para expor o seu trabalho ou mostrando o trabalho dos artistas caldenses residentes”.

Aproveitados espaços que serviam de armazém

Percorremos a história da loja do senhor António Jacinto, que fazia a venda no espaço durante o dia e porta a porta a partir das seis da tarde. Posteriormente, o filho, José António, continuou o negócio, passando para Samuel Jacinto depois de acabar o curso de design industrial na ESAD.CR.

“Chegámos a uma altura em que as retrosarias só por si não davam valor acrescentado, o negócio não estava a ser rentável”. Só havia duas hipóteses: fechar as portas ou dar continuidade ao projeto. Para tal, abriram toda a loja, aproveitando os espaços que antigamente serviam de armazém, e começaram a trabalhar com marcas portuguesas: “Por vezes são as marcas que nos contactam, outras vezes somos nós e vemos se vão de encontro ao nosso conceito”.

Na primeira vaga da Covid-19 a loja apostou nas vendas online através do site. No entanto, os danos sentiram-se mais no segundo confinamento, que Cláudia classifica como “desastroso” e onde muitas lojas caldenses fecharam portas: “Eu penso que tenham sido à volta de cem lojas e muitas das que ainda se encontram abertas estão a reparar os danos dessa fase”.

No panorama atual, Cláudia acredita que o comércio tradicional das Caldas da Rainha é uma parte muito grande da economia local e tem de se distinguir pelas suas particularidades: “Um atendimento mais personalizado, uma confiança com o consumidor completamente diferente de uma grande área comercial e a fidelização que se cria com as pessoas”.

O comércio tradicional deve ainda “aproveitar todos os eventos que são propostos pelas autarquias e pela associação de comerciantes, e criar uma relação de maior confiança entre o próprio comércio, e o comércio e as entidades”.

Participação em eventos

A proprietária do Sr. Jacinto acredita que há um projeto proposto para a cidade e que tem de se deixar o Município trabalhar nesse projeto para combater as dificuldades do comércio local e chamar pessoas para a rua: “Tem de acontecer e não temos muito tempo”.

“Uma cidade como a nossa às dez da noite tem de estar cheia de pessoas se queremos sobreviver e se queremos que o comércio tradicional continue aberto. Tem de haver comunicação mais próxima para perceber as dificuldades dos lojistas e estratégias para combater as problemáticas”.

Cláudia relatou-nos o momento em que foi a Vigo, em novembro do ano passado, para conhecer novas marcas e as luzes de natal serviram de chamariz para milhares de pessoas conhecerem as lojas da cidade, abertas até às três da manhã.

“As pessoas procuram isso. No Caldas Late Night tenho entre mil e mil e duzentas pessoas a entrar e sair da loja. No natal tenho muitas pessoas aqui dentro. O próprio comerciante tem de se capacitar que o paradigma do consumidor está a mudar e a cidade precisa de deixar que isso aconteça”.

O Sr. Jacinto esteve no Caldas Late Night, no Bazar à Noite e no Caldas Fora de Horas. No Concurso de Montras de Natal de 2023, iniciativa levada a cabo pela Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste, em parceria com o Município das Caldas da Rainha, a Loja do Sr. Jacinto ganhou pelo segundo ano consecutivo o primeiro lugar.

A loja vai participar no Ode à Primavera, com andorinhas produzidas em folha de madeira.

“Somos uma cidade criativa carimbada pela UNESCO e temos de mostrar onde isso está. A cidade tem imenso potencial. Temos de continuar, arranjar soluções e agarrarmo-nos ao que podemos fazer de diferente”, manifestou Cláudia.

O Sr. Jacinto está aberto de segunda a sexta, das 10h30 às 13h00 e das 15h00 às 18h00 e no sábado das 10h30 às 13h00.

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