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Marcha das Caldas até Lisboa pelo Hospital do Oeste

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A Câmara Municipal das Caldas da Rainha quer levar mais de duas mil pessoas a Lisboa para reivindicar a construção do futuro Hospital do Oeste na confluência de Óbidos e Caldas da Rainha em vez da anunciada localização no Bombarral.
Faixa colocada nos Paços do Concelho

A Câmara Municipal das Caldas da Rainha quer levar mais de duas mil pessoas a Lisboa para reivindicar a construção do futuro Hospital do Oeste na confluência de Óbidos e Caldas da Rainha em vez da anunciada localização no Bombarral.

“No dia 21 de outubro estaremos unidos em Lisboa numa marcha pelo nosso hospital”, pode ler-se numa mensagem divulgada pela Câmara, que adianta que “o desaparecimento do hospital de Caldas da Rainha [consequência apontada pela autarquia caldense como decorrente da escolha do Bombarral] vai prejudicar toda a região Oeste Norte”.

“Estamos unidos pela saúde de todos e vamos continuar”, vinca a comunicação à população.

Num vídeo publicado pelo Município, o presidente da Câmara, Vitor Marques, relata que “vamos a Lisboa fazer uma manifestação por aquilo que acreditamos”.

A ação de protesto será junto à residência oficial do Primeiro-Ministro e à Assembleia da República. Vitor Marques revelou, em conferência de imprensa, que a autarquia prevê fornecer transporte gratuito em 40 autocarros de 55 lugares, a que se juntarão mais alguns de juntas de freguesia e associações do concelho e viaturas particulares, para esta iniciativa, sob o lema “Unidos pela Saúde”, com a qual pretende sensibilizar o Governo para reverter a decisão, que considera ter sido tomada de forma “enviesada”.

A decisão de construir o novo hospital no Bombarral tem por base um estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste e que fundamentou a escolha da localização, decidida por um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde.

“Um hospital para o Oeste tem que ser integrado naquilo que é a rede hospitalar nacional”, vincou Vitor Marques na conferência de imprensa em que anunciou o protesto. “Não concebemos que se vá construir um hospital para o Oeste e ao mesmo tempo se esteja a pensar que é preciso fazer uma ampliação no Hospital de Leiria ou no de Santarém para satisfazer as necessidades” que podem ser supridas pela nova unidade, frisou.

“Não é com o estudo da OesteCim nem com o relatório do grupo de trabalho que se suporta uma decisão desta natureza”, declarou o presidente da autarquia caldense, assegurando que os protestos vão continuar “até ficar demonstrado que a Câmara não tem razão”. O Município estuda ainda a possibilidade de impugnar juridicamente a decisão do ministro, por ter sido tomada “de ânimo leve e sem ter em conta tantos fatores”.

Numa carta enviada às associações do concelho, Vitor Marques apela a que todas as forças vivas participem nesta marcha, sublinhando que “é com orgulho que afirmamos que não desistimos e que estamos cada vez mais unidos pela nossa saúde e conscientes da necessidade de continuarmos a lutar”.

Alerta igualmente que a construção no Bombarral “também implica o encerramento do Hospital das Caldas da Rainha”.

A marcha em Lisboa, no seguimento de reuniões com partidos políticos e associações para debater as medidas a tomar, vai realizar-se a um sábado, mas o autarca espera “ter a oportunidade de ser recebido” na Assembleia da República, porque “é um assunto de bastante importância e relevo”.

Recordou também que “não foi correto o ministro da saúde ter feito uma visita ao hospital das Caldas da Rainha logo após a sua posse e não ter informado o Município para o acompanhar”.

Por outro lado, “fizemos dois pedidos para sermos recebidos pelo Primeiro-Ministro e não fomos, e agora esperamos ser”, vincou, adiantando que a autarquia chegou a ponderar boicotar a receção de ministros que vieram às Caldas da Rainha na semana passada a propósito da iniciativa “Governo Mais Próximo”. “Mas isso seria fazer exatamente igual ao que não concordamos”, sublinhou.

“O que temos é um anúncio do ministro da saúde, que há-de ou não ser ratificado pelo Governo, e o que estamos a fazer é mostrar que não há condições para isso”, indicou.

De acordo com Vitor Marques, as Câmaras de Óbidos e de Rio Maior “têm acompanhado esta dinâmica, temos conversado com ambos, estão disponíveis para continuar a apoiar e estamos em crer que vamos ter também o acompanhamento dos Municípios e dos munícipes destes territórios, como também de Alcobaça e de Peniche, que não deram a voz autárquica a esse nosso propósito, mas temos pessoas da Benedita, Alfeizerão, São Martinho, Serra d’El Rei, Atouguia e Peniche que nos acompanharão neste desafio”.

Em relação aos restantes concelhos do Oeste, o edil caldense disse respeitar a sua posição, embora não concorde nem perceba “como se sentem confortáveis em ter uma posição sem bases”. “Estamos em democracia e mantenho um registo calmo e sereno, mas do outro lado, um ou outro teve um comportamento mais exaltado”, revelou, adiantando, contudo, que não se sente ostracizado no seio da OesteCim.

Quem quiser usufruir de transporte gratuito para ir à ação de protesto deverá inscrever-se via online (https://bit.ly/Inscricao_Unidos_pela_Saude), nas Juntas de Freguesia ou na Câmara Municipal. A partida das Caldas da Rainha será pelas 13h30, no largo da feira semanal, e regresso de Lisboa pelas 18h30.

A autarquia estima o custo da contratualização dos autocarros em 16 mil euros, mas Vitor Marques justifica que “para o Município que investiu já 725 mil euros para a reabilitação da maternidade e obstetrícia [do Centro Hospitalar do Oeste], coisa que mais ninguém [das autarquias] fez num investimento de 1,2 milhão de euros, não estamos a defraudar o erário público”.

A comitiva será engrossada com a participação de bandas, ranchos, fanfarras e bombos. “Não vamos fazer uma festa, mas vamos fazer notar a nossa presença, de forma correta e ordeira”, manifestou o presidente da Câmara, que desafia os participantes a “levarem um lanchinho para partilharem em convívio”.

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