Produzida pelo Politécnico de Leiria, a exposição “Azul Mare – Arte e Ciência”, patente na Biblioteca e Sala Berlengas da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, até dia 30 de novembro, pretende ser um percurso de conhecimento das algas e suas propriedades e, simultaneamente, um percurso meditativo sobre as condições de produção das primeiras imagens fotográficas realizadas pela técnica da cianotipia, um processo inventado em 1842 pelo matemático, astrónomo, químico e inventor, Sir John Herschel.
A cianotipia consiste numa emulsão sensível à luz que contém sais de ferro que reagem aos raios ultravioleta. Este processo permitia de uma forma relativamente simples fixar numa superfície as sombras numa cor ciano também conhecida como cor água.
A mostra reúne fotografias realizadas nos laboratórios de criação de algas e microalgas do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, da autoria de Emanuel Brás, docente e investigador da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), cianotipias elaboradas por estudantes da ESTM, em colaboração com o Instituto Português da Juventude de Leiria, textos de Teresa Mouga, investigadora do MARE, e um algário criado a partir de algas recolhidas ou reunidas pelo investigador Marco Lemos, investigador do MARE do Politécnico de Leiria e docente na ESTM.
Os curadores da exposição são Samuel Rama, docente da ESAD.CR, e Teresa Mouga, investigadora do MARE do Politécnico de Leiria e docente na ESTM.
“Ao realizar o herbário em cianotipia, Anna Atkins tornou-se na primeira mulher a criar imagens fotográficas não só de algas, mas também do seu próprio texto manuscrito, indicando os propósitos do herbário organizado em livro, os nomes das várias espécies em latim e até dedicatórias”, descreve Samuel Rama.
Esta exposição retrata não só as algas, mas também o mar, com as suas múltiplas caraterísticas, elementos e propriedades.
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