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Marina da Nazaré acolhe veleiro atacado por orcas

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A interação com um grupo de orcas colocou em sobressalto os tripulantes de um veleiro, que se refugiou na marina de recreio da Nazaré.

A interação com um grupo de orcas colocou em sobressalto os tripulantes de um veleiro, que se refugiou na marina de recreio da Nazaré.

O veleiro, com bandeira do Reino Unido e onze metros e meio de comprimento, tinha saído do porto de Baiona, em Espanha, em direção ao porto de Lisboa, e estava em frente à Marinha das Ondas, na Figueira da Foz, quando pelas 14h30 da passada quinta-feira, sofreu uma interação com um grupo de orcas.

Os dois velejadores que seguiam a bordo, um inglês e uma alemã, foram surpreendidos com o ataque. Relatam que seriam entre cinco a sete orcas, uma das quais bebé. Apareceram muito rápido e atingiram o barco, fazendo-o rodopiar.

Apesar de terem colocado o veleiro a navegar em marcha atrás, manobra que se tornou popular desde que em agosto do ano passado foi partilhada por um velejador em dificuldades, as orcas – que estariam a seguir um cardume de atuns – continuaram a rondar e a bater no barco e só momentos depois é que desistiram, ficando a cem metros de distância, até abandonarem em definitivo o local.

O barco acabou por dar entrada no porto da Nazaré, sem que tenham sido observados danos que impossibilitem a continuação da viagem, como constataram os velejadores com câmaras submarinas e uma inspeção interna. O leme estava apenas com marcas de ter sido abocanhado pelas orcas, como revelou uma verificação da embarcação recorrendo a uma grua da Docapesca.

As capitanias da Figueira da Foz e da Nazaré não chegaram a ter que fazer qualquer intervenção, dado que não houve nem feridos nem danos relevantes.

Este incidente foi partilhado num grupo no Facebook onde são relatados ataques de orcas, com o objetivo de alertar a navegação.

A Marinha Portuguesa explica que a interação com estes mamíferos ocorre sobretudo devido ao comportamento de orcas juvenis, as quais atraídas pelas estruturas móveis e ruidosas das embarcações, como o leme e a hélice, podem aproximar-se excessivamente das embarcações e embater nas estruturas”. Por este motivo, é recomendado que seja desligado o motor e imobilizada a porta do leme no caso de avistamento destes animais.

Todas as testemunhas relatam que as orcas não tentam atacar as pessoas e até agora não há registo de feridos.

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