O Agrupamento de Escolas Raul Proença (AERP) está a comemorar os 50 anos do Liceu, 40 anos da Escola Raul Proença e 10 anos de agrupamento. Na sessão solene que decorreu no passado dia 4, no CCC, uma das iniciativas que assinalou o aniversário, o diretor, João Silva, destacou o “poder transformacional da escola” e a capacidade de influenciar positivamente o progresso e o desenvolvimento”.
O AERP é composto por onze escolas, cerca de 2700 alunos, 260 professores, três psicólogos, uma centena de assistentes operacionais e treze elementos da secretaria.
“Hoje somos um agrupamento com identidade própria e quando falamos da Raul Proença, somos reconhecidos na cidade, região e no país”, sublinhou o diretor adiantando que “o prestígio se deve a toda uma equipa que constrói uma escola e, neste caso, um agrupamento”.
“Ninguém é indispensável, mas também ninguém é dispensável, precisamos de todos”, salientou João Silva.
O responsável recordou que começaram na década de 1970 com uma escola que funcionava nos Pavilhões do Parque D. Carlos I. A transferência para as atuais instalações ocorre em agosto de 1982. A 10 de maio de 1984, correspondendo ao desejo do seu corpo docente e da Câmara Municipal junto do Ministério da Educação, passou a ser denominada “Escola Secundária de Raul Proença”, assinalando o 1.º centenário do nascimento do seu patrono, nascido nas Caldas e com reconhecida intervenção nas vertentes política, filosófica, literária e do pensamento pedagógico.
“O AERP é o fiel depositário de 50 anos de história”, sublinhou o responsável referindo, que caminham juntos para um projeto educativo de “excelência”, sem esquecer a importância de realizar “os sonhos de cada um, contrariando o ensino de massas”.
“Durante tempos a escola preocupava-se com o ensinar, depois passámos para o paradigma do aprender e agora estamos muito na questão dos afetos”, adiantou.
“Estamos a celebrar o passado para construir o futuro”, referiu o dirigente, abordando os desafios que se colocam à escola. “Temos um ensino de qualidade e exigente, mas a palavra chave é a empatia”, contou.
“Eleger a excelência como meta implica a criação de um ambiente potenciador da aprendizagem e do desenvolvimento de competências (interligando conhecimentos, capacidades e atitudes)”, disse.
Revelou que estão a construir o futuro, “abrindo a escola ao mundo”, através do “Erasmus, projeto eTwinning (redes de trabalho colaborativo entre as escolas europeias), do desenvolvimento de projetos comuns, com recurso à Internet e às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), evento Happening, Cantar em Alemão, núcleos, dos clubes, desporto escolar e nos dias diferentes”.
Para o diretor, há a necessidade de “obras para conseguir instalações mais modernas, nomeadamente na Escola Secundária Raul Proença”, cujo projeto de reabilitação está a ser feito em conjunto com a autarquia. “A escola tem tido pequenos melhoramentos, mas precisa de uma grande requalificação”, acrescentou.
João Silva terminou a sua intervenção com uma frase do patrono da escola: “Não se pode proibir de pensar livremente porque está na natureza humana ser livre no conceber e no realizar”.
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