O livro “Como se fosse um romance: A Mais Curiosa História do Cinema”, do conhecido jornalista e apresentador há mais de 30 anos do cinema contado em português, Mário Augusto, foi apresentado no passado dia 25 no Museu do Ciclismo, em Caldas da Rainha, lançando um olhar panorâmico sobre a sétima arte, desde a invenção dos projetores até às mais recentes inovações de efeitos especiais.
Lançado no ano passado, a obra, com chancela da Bertrand Editora, debruça-se sobre a história do cinema, sendo “escrito como se fosse um romance”, explicou o conhecido jornalista de televisão, Mário Augusto, onde é responsável, desde 1986, pela autoria e apresentação de vários programas de divulgação de cinema, com a particularidade de ser o profissional português que mais atores de renome entrevistou.
Além de coordenar e apresentar o mais antigo magazine televisivo nacional sobre o cinema, intitulado “Janela Indiscreta”, o jornalista também é “escritor por paixão” da Bertrand Editora, tendo já lançado outros livros como “A Sebenta do Tempo – Manual de Memória para Esquecidos” (2016), “Caderno Diário da Memória – Novos Apontamentos da Sebenta do Tempo” (2017) e “Janela Indiscreta – O Que Dizem as Estrelas” (2019).
Mário Augusto não esconde a forma divertida, leve e descomprometida como estruturou “Como se Fosse Um Romance “. Esta obra “essencialmente didática” e que nasce da vontade do jornalista de fazer um livro sobre cinema surgiu em abril do ano passado, no momento em que a editora lhe abriu as portas para a possibilidade de um novo livro, que já andava a escrever há um ano e meio.
“A ideia era fazer a história do cinema contada à minha maneira, uma coisa completamente diferente” recordou o autor, adiantando que “o meu objetivo era contar a história do cinema, não pelo lado académico, mas sim pelo lado de percebermos que o cinema é coisa tão proativa e viva, estando sempre a mexer”.
Para o jornalista, “os livros sobre a história do cinema são muito herméticos, e eu queria contar as várias histórias do cinema de uma forma curiosa, como se fossem um romance”. Além disso, o autor queria evidenciar através do livro como esta arte tem drama, paixão, mistério e ficção científica.
O livro, que “tem sido um êxito nacional, é capaz de refrescar-nos a memória e de atirar-nos para os momentos mais pertinentes da grande aventura do cinema”, abordando diversas histórias que o autor quis que fossem curiosas, que estão relacionadas com o início do cinema, e histórias que não têm a ver necessariamente com o cinema, relacionadas com a magia dos sítios de cinema.
Também aborda as transformações sociais, políticas e culturais que influenciariam o cinema, “muitos segredos de bastidores, que deitariam por terra o sonho americano de muitas estrelas”, e ainda o caso do percurso dos irmãos D’Algy.
“Atualmente falamos de Joaquim D’Almeida e de Daniela Ruah, mas já em 1916 tivemos duas estrelas em Hollywood, tendo a própria Helena D’Algy contracenado e foi dirigida pelas grandes figuras da época”, recordou Mário Augusto, que quis dar “o destaque que mereciam, até para celebrar esse período mágico do cinema”. Conta igualmente histórias relacionadas com a própria formação da “maior fábrica dos sonhos do mundo, Hollywood”.
“O livro acompanha tudo isso, desde o início do cinema até à ebulição constante que é esta arte”, frisou o escritor, adiantando que “o cinema tem a facilidade de congregar várias artes”.
Para o escritor, “o paradigma do cinema mudou, pois nada tem a ver com o tempo do Cineteatro Pinheiro Chagas, nas Caldas da Rainha, em que se ia ao cinema como se ia ao teatro”.
“Como se Fosse Um Romance” conta com as ilustrações do ilustrador André Carrilho, para acompanhar os textos.
Mário Augusto deixou a promessa de que “quando houver outro livro sobre cinema, venho cá para fazer uma apresentação mais próxima do lançamento”.
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