O Caldas Sport Clube venceu o Prémio Ranking Puro Futebol, depois de se destacar ao longo da primeira edição da Liga 3 nos valores do desportivismo, fair play, respeito e paixão pelo jogo.

A formação das Caldas da Rainha terminou na liderança com 1165 pontos, com a União Desportiva de Leiria a ficar em segundo, com 1155 pontos, e o Sporting “B” em terceiro, com 1112 pontos.

O prémio foi entregue no relvado nº 1 da Cidade do Futebol, no passado sábado, numa cerimónia dirigida pelo diretor da Federação Portuguesa de Futebol, Hélder Postiga.

O presidente do Caldas Sport Clube, Jorge Reis, referiu que “este era um prémio que pretendíamos conquistar além dos nossos objetivos desportivos”. A equipa manteve-se na Liga 3.

O Ranking Puro Futebol tem como objetivo promover um comportamento positivo entre todos os agentes desportivos e espetadores envolvidos na competição, reiterando princípios como o respeito, cumplicidade, solidariedade e a integração.

Em todas as partidas foi atribuída uma pontuação. Cada equipa era avaliada pela equipa de arbitragem em conjunto com o delegado ao jogo da Federação Portuguesa de Futebol, tendo em consideração o respeito pelos adversários e pela equipa de arbitragem, o comportamento dos oficiais da equipa e dos adeptos.

Eram atitudes positivas devolver a bola ao jogo rapidamente, mesmo que estivesse em posição de vantagem, ajudar um adversário a levantar-se ou que se tivesse lesionado, apertar a mão dos adversários no final do jogo ou adotar gestos extraordinários de fair play. Aceitar as decisões do árbitro sem discussão era também valorizado.

O comportamento dos adeptos era positivo se aplaudissem o adversário, apoiassem a equipa mesmo nos momentos menos bons, realizassem coreografias ou entoassem cânticos de apoio.

Pelo contrário, eram atitudes negativas perder tempo, adotar táticas baseadas no jogo faltoso, fingir lesão, insultar ou agredir os adversários, e adotar comportamentos antidesportivos.

Discutir com um membro da equipa de arbitragem, aplaudi-lo ironicamente, rodeá-lo ou insultá-lo verbalmente ou com gestos ofensivos e agredi-lo eram penalizados.

Invadir o terreno de jogo, entoar cânticos insultuosos, lançar materiais pirotécnicos, usar apontadores laser, praticar violência dentro ou nas proximidades imediatas do estádio e praticar atos de racismo e discriminação, eram atitudes dos espetadores que não ajudavam a uma boa pontuação.

As equipas foram também avaliadas por uma comissão ao longo da época desportiva pelo desenvolvimento de ações de prevenção socioeducativas nas áreas da ética desportiva, do combate à violência, discriminação e racismo no desporto, e da hospitalidade dos clubes visitados, incluindo os seus adeptos, e pelo respeito pelo organizador da competição e agentes desportivos.

Os clubes eram punidos por proferirem declarações lesivas sobre a organização da competição e sobre os agentes desportivos nela participantes.