Cerca de mil alunos de escolas do Cadaval, alguns de nacionalidade ucraniana, participaram na passada quarta-feira num apelo à paz na Ucrânia. “Pedimos paz”, foi a designação da atividade, com a mensagem de que querem “crescer num mundo sem guerras”.
Do pré-escolar ao secundário, presencialmente e por videoconferência, os alunos do agrupamento de escolas do Cadaval empunharam cartazes e gritaram palavras de apoio ao povo ucraniano, incentivados pelo diretor, Paulo Henriques, para quem “a paz é um princípio essencial para a nossa existência”.
Eva Hryshyna e André Hryshyn, irmãos gémeos com nacionalidade ucraniana, ficaram emocionados com o apoio dado pelos colegas. “Estou muita grata por tanta gente estar a ajudar o povo ucraniano”, declarou Eva. “É um gesto bonito as pessoas apoiarem-nos. Dá para ver que no fundo há bondade nas pessoas”, disse André.
Os colegas têm tentado confortá-los. Daniel Antunes contou que “desde o primeiro ataque à Ucrânia temos manifestado muito apoio. Para nós não há diferença em ser ucraniano ou português. Estamos a dar um ombro amigo para confortar, porque eles têm família na Ucrânia e é complicado a situação por que estão a passar”.
Para além de apoiar os alunos ucranianos, o agrupamento de escolas do Cadaval prepara-se para integrar crianças refugiadas no sistema de ensino. Carla Aires, subdiretora do agrupamento, relatou que “temos dado apoio psicológico aos alunos da Ucrânia para sentirem que não estão sozinhos e que temos carinho e amor para lhes dar nesta fase tão complicada”. “Temos ajudado as famílias que têm chegado e já temos meninos que vão começar a escola”, acrescentou.
Um apoio reforçado nesta ação, em que para além de um minuto de silêncio, também houve uma largada de três pombas brancas simbolizando a vontade coletiva pela paz, culminando com uma salva de palmas.
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