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Proteção Civil está a conseguir travar vespa-asiática, a predadora que destrói colmeias.

Marlene Sousa

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No âmbito do controlo da praga de vespa asiática, o Município das Caldas da Rainha através do Serviço Municipal de Proteção Civil com recurso a empresa contratada, efetuou 47 intervenções em ninhos de vespa asiática no primeiro semestre de 2021. Desde junho até o agosto houve mais 12 operações. “Além da desativação de ninhos colocou 50 armadilhas contra a vespa asiática pelo território do concelho e cidade e distribuiu 100 pelos cerca de 30 apicultores ali registados, informou o coordenador municipal da Proteção Civil, Gui Caldas.
O apicultor, Marco Anjos e o coordenador municipal da Proteção Civil, Gui Caldas

Estas armadilhas colocadas em locais estratégicos do concelho têm como objetivo a captura de vespas rainhas, que são as fundadoras de novas colónias, impedindo assim, a criação e o desenvolvimento de novos ninhos.

O município, através do Serviço Municipal da Proteção Civil, garante que “tem desenvolvido esforços, em conjunto com os apicultores locais, para controlar as vespas asiáticas e ninhos existentes”.

“Exemplo deste trabalho colaborativo são as armadilhas que têm sido entregues aos apicultores”, acrescenta o responsável, revelando que este ano já “apresentou resultados com uma redução de cerca de 75% de destruição de colmeias no concelho das Caldas o que levará a um aumento de produção de mel”.

Segundo Gui Caldas, “o método mais eficaz para tentar evitar a proliferação da vespa asiática consiste na montagem de armadilhas feitas com garrafões de água, de 1,5 litro que levem vinho branco, cerveja e veneno”. “Contêm uma solução que atrai esta espécie invasora sem prejudicar os restantes insetos”, refere o coordenador.

Fizeram ainda uma ação de senilização junto dos apicultores no sentido de perceber como é que se coloca as armadilhas e identificar a vespas velutinas. “Há confusão com a vespa europeia que é a que mais se parece com a exótica invasora vespa asiática”, apontou.

Quanto às intervenções em ninhos, Gui Caldas explica que “só destroem os que estão localizados em garagens, casas ou na via pública, numa zona habitacional. Os que estão em árvores no meio da mata utilizam-nos como armadilhas com recurso a sistemas de injeção no ninho de feromona sexual e veneno que é um sistema mais ecológico do que o fogo”.

De acordo com o coordenador municipal da Proteção Civil, as armadilhas são colocadas no início da primavera porque durante o inverno, as rainhas hibernam fora do ninho. No final do inverno ou princípio da primavera, as rainhas sobreviventes dos rigores invernais abandonam o local de hibernação e ocorre a mudança da colónia para o ninho secundário construído frequentemente em locais altos. A partir de abril/maio a colónia adota um ninho definitivo (ninhos de maiores dimensões, que são os que são associados mais frequentemente a esta espécie).

“Cada rainha que apanhamos é menos um ninho de vespa asiática”, apontou, o responsável revelando que na primavera de 2022, antes de se reiniciar o novo ciclo anual da vespa asiática, a Câmara através do Serviço Municipal de Proteção Civil “vai duplicar o número de armadilhas”. O objetivo é distribuir pelos apicultores cerca de 200 armadilhas e colocar em locais estratégicos da cidade 100.

Cerca de três anos depois de ter sido detetada no concelho das Caldas, o coordenador da Proteção Civil das Caldas diz que a vespa velutina, tem prejudicado os apicultores caldenses. Por causa deste inseto invasor e predador de abelhas, a apicultura tem contabilizado uma quebra de produção. Mas com esta luta contra a vespa velutina, intervindo nos ninhos e colocando as armadilhas em locais estratégicos por todo o concelho, Gui Caldas considera que os apicultores vão começar a recuperar a perda. “Este ano conseguimos fazer a comparação e já é visível que as armadilhas funcionam e que não prejudicam as abelhas boas que produzem mel”, apontou.

“Se esta praga continuasse e não fosse feito nada para a controlar poderia destruir a Pera Rocha porque a vespa asiática alimenta-se sobretudo de açúcares e néctar”, adiantou, o coordenador municipal da Proteção Civil.

Marco Anjos natural de Alvorninha desenvolve a atividade de apicultor e tem quatro apiários (conjunto de colmeias), em vários locais do concelho. Ressalvou que o principal malefício da vespa é comer as abelhas.

Em 2020 no apiário que tem na Foz do Arelho entre 16 colmeias teve a quebra de oito devido à vespa asiática. “Depois da colocação das armadilhas na primavera deste ano entre oito colmeias tive a quebra de duas”, contou, o apicultor agradecendo o apoio da Serviço Municipal de Proteção Civil.

Segundo Marco Anjos, a vespa velutina que ataca as colmeias, entrou nas Caldas há cerca de três anos e expandiu-se rapidamente, tendo o ano passado sido o pior ano. “Antes de me entregarem as armadilhas não sabia o que fazer para combater a praga”, contou, considerando que as armadilhas estão a resultar e vão continuar a controlar a praga.

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