Como surge e quais os sinais para procurar ajuda médica?
Pode ser resultado de um deficiente desenvolvimento da anca, mas na grande maioria dos casos trata-se apenas de um desgaste da articulação.
Começa por uma dor localizada à virilha, desencadeada pela marcha e pela permanência em pé. Acarreta uma perda progressiva da mobilidade da anca (dificuldade em ”dobrar” ou “abrir” a perna) ao mesmo tempo que se instala a dor em repouso. O sentar ou deitar deixam progressivamente de aliviar a dor. O coxear é cada vez mais marcado.
Numa fase inicial a medicação ajuda significativamente, mas vai perdendo eficácia com a evolução da doença. A fisioterapia não tem utilidade nesta patologia.
Então, qual o tratamento?
O tratamento é cirúrgico – Artroplastia Total (prótese) da Anca. Consiste na substituição da articulação por componentes metálicos fixados ao osso, com superfície articular de cerâmica ou polietileno (plástico).
Sendo uma técnica com mais de 60 anos de experiência, os resultados são consistentemente bons, com desaparecimento da dor e melhoria notória da mobilidade e da marcha, sem necessitar de canadianas. De realçar que os resultados também dependem do grau de rigidez que a anca já tem no momento da cirurgia – ancas já muito rígidas têm mais dificuldade em recuperar uma mobilidade normal.
Pode haver complicações?
As complicações são pouco frequentes, sendo que as graves são raras.
É uma das cirurgias ortopédicas mais frequentemente realizadas no Hospital CUF Torres Vedras. O internamento dura de 2 a 5 dias na maioria dos casos, assim como não exige habitualmente a administração de sangue.
À data da alta os doentes devem estar autónomos no “entrar” e “sair” da cama, assim como andar com canadianas no corredor, subir e descer degraus, entrar e sair de automóveis.
Prevê-se que as próteses atuais durem mais de 30 anos.
O Hospital CUF Torres Vedras dispõe de todas as condições técnicas e de segurança (adaptadas à situação de pandemia) assim como de protocolos específicos para a realização destas artroplastias.
Para além dos doentes privados, todos os beneficiários de subsistemas de saúde (seguros, ADSE, IASFA, entre outros) e os portadores de vale de cirurgia de SIGIC, podem ser operados neste hospital.
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