Fornecedor da Casa Real Francesa, para ela criou, no Palácio das Tulherias em Paris, uma gruta com representações em cerâmica de animais e plantas simulando os dramas da natureza.
As técnicas da sua arte serão redescobertas no século XIX em Tours por Charles-Jean Avisseau e ou por seu cunhado Joseph Landais, cerca de 1820.
Este tipo de cerâmica, naturalista, acompanha o desenvolvimento, à época, da História Natural, de que Palissy fora precursor, e vem a desenvolver-se também noutras regiões de França e noutros países da Europa.
O objeto do nosso trabalho é o florescente núcleo desta cerâmica, que se estabelece nas Caldas da Rainha a partir de 1853 quando Manuel Cipriano Gomes (Mafra de alcunha porque era natural da Saibreira, aldeia desse concelho) operário de Dona Maria dos Cacos, lhe toma o estabelecimento de trespasse e inicia a aventura da policromia.
A marcação das peças mostra-nos a visão do pioneiro da cerâmica das Caldas, tal como a conhecemos hoje, para a individualização do seu negócio e o empreendedor informado que o futuro nos veio apresentar.
Gravou na pasta as suas iniciais: M.C.G., M.C.G.M., M.C.M.. à volta de uma âncora (à inglesa como Davenport?), por fim M. Mafra-Caldas da Rainha-Portugal, ainda com âncora, depois com a Corôa Real Portuguêsa, outorgada pelo seu protetor D. Fernando II ao, agora, Fornecedor Oficial da Casa Real Portuguesa.
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