Enfim, tantos exemplos que podemos encontrar no nosso país, em como um ideal, uma visão, uma estratégia bem estruturada, está na origem de um desenvolvimento sustentado e harmonioso de uma determinada localidade ou região.
As Caldas da Rainha já tiveram várias estratégias no passado, algumas delas que foram bem sucedidas em determinado momento: a exploração do termalismo turístico e o desenvolvimento da indústria cerâmica são dois excelentes exemplos.
A nossa cidade é uma cidade grande: Grande na sua história, no seu património, nas suas tradições, no seu potencial humano. Grande naquilo que pode e deve oferecer a todos os que nela vivem e a todos que a visitam. Mas atualmente, é uma terra sem estratégia e que não está a ser capaz de se projetar no futuro.
O que queremos nós caldenses para a nossa cidade, afinal? Quais as ideias que têm sobre o assunto os nossos autarcas, alguém sabe? Queremos voltar a ser a capital do comércio da região Oeste? Ou queremos apostar novamente no desenvolvimento do turismo termal? Queremos fazer crescer a nossa universidade, associando-a, por exemplo, à indústria da cerâmica artística? Ou queremos desenvolver a indústria frutícola e hortícola?
Queremos ter um pouco disto tudo ou centrarmo-nos apenas numa ideia? Fazer algo de completamente inovador ou trabalhar ideias do passado?
Não sabemos!!! Que se saiba, nunca houve um verdadeiro debate público sobre o tema.
Enquanto isso a cidade vai definhando, lenta, mas inexoravelmente…cada vez com menos vida e animação, com mais insegurança, com um património mais degradado, com menos gente…enfim, uma cidade à procura de si mesmo.
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