Tratou-se de uma prova realizada na distância olímpica (1500m de natação, 40km de ciclismo e 10km de atletismo), longe de ser a sua especialização. “No entanto, o trabalho realizado ao longo dos últimos anos levou-me a desenvolver uma boa capacidade competitiva neste tipo de provas mais curtas”, avançou.
“Esta prova, em particular, não era muito tática pois, sendo as partidas desfasadas entre atletas, nunca saberíamos, ao certo, o tempo dos nossos adversários, tendo cada um de dar o melhor de si para chegar o mais depressa possível à linha de meta”, relatou.
O atleta concelhio faz um saldo bastante positivo da sua prestação no campeonato, completada no tempo de 02h02m17s. “Consegui o 1.º lugar no meu escalão e o 4.º da geral, a pouco tempo do primeiro, fazendo uma prova bastante consistente nas três disciplinas”, manifestou.
Porém, sublinhou que a pandemia prejudicou o treino. Ainda que a corrida e o ciclismo tenham permanecido “inalterados”, a natação sofreu bastantes adaptações, devido ao encerramento das piscinas.
“Recorri a nadar no mar e atado à borda de piscinas de alguns conhecidos, que me deixavam lá treinar, e aos exercícios de ginásio, que fui fazendo ao longo destes últimos meses. A nível competitivo, a escassez de provas também representou uma barreira motivacional”, salientou o desportista.
André Duarte destaca o elevado volume de treinos exigido aos profissionais de triatlo. “Em consequência de conjugar três disciplinas, acaba por ter um elevado acumular de horas semanais, qualquer coisa entre as 15 e as 25 horas que, em distância, se traduzirá numa média de 350km de bicicleta, 12km de natação e 60km de corrida, sem contar com algum trabalho de ginásio e mobilidade. Por norma, treino duas vezes por dia, com alguns dias a treinar três vezes”, contou.
“No futuro, gostaria de me aventurar no “Ironman”, pois penso que aí tirarei o melhor proveito das minhas capacidades”, disse. “A curto prazo, ainda terei duas provas de grande importância, nos próximos meses, onde espero que tudo corra de feição e que consiga trazer mais duas medalhas para o Cadaval”, adiantou.
Com 25 anos, André Duarte reside na Rechaldeira (Vilar, Cadaval). A nível académico, tem uma licenciatura em nutrição por acabar e formação em programação informática, atividade que exerce atualmente.
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