“A retoma das reservas está em curso e os visitantes estão de novo a procurar o Centro de Portugal, depois do confinamento a que todos estiveram sujeitos. Acreditamos que os visitantes nacionais sejam responsáveis por um assinalável retomar da atividade em julho e que em agosto e setembro já se verifique um notório regresso dos visitantes estrangeiros”, apontou.
O presidente do Turismo do Centro sustentou que “é fundamental nós todos, profissionais do setor do turismo, transmitirmos a sensação de segurança, para que os turistas se sintam confortáveis em visitar a região”.
“Os empresários da atividade turística da região perceberam-no, desde a primeira hora, e a prova dessa preocupação é o facto de já terem sido atribuídos mais de 2.000 selos “Clean & Safe” a estabelecimentos e a atividades turísticas no Centro de Portugal”, indicou. Para o presidente do Turismo do Centro, este selo “é a melhor garantia que se pode dar aos visitantes de que os estabelecimentos cumprem com todas as regras e procedimentos exigidos e que aqui estão em segurança”.
Segundo Pedro Machado, ainda não é possível quantificar, de forma absoluta, o impacto que a pandemia está a provocar na atividade turística no Centro de Portugal, mas “será forçosamente elevado”. “Na fase aguda da pandemia, de março a maio, a atividade turística parou, com quebras totais na grande maioria dos alojamentos e quebras muito significativas na restauração”, manifestou, acrescentando que “nesta altura, ainda nem todos os hotéis reabriram, mas a maioria já está em atividade”.
A nível do turismo internacional, a quebra aproxima-se dos 100 por cento. “Com o fecho das fronteiras, não há forma dos visitantes chegarem ao nosso território. Acresce que o principal mercado emissor de turistas para a região Centro de Portugal é o espanhol e a fronteira com o país vizinho só reabriu para turistas a 1 de julho”. Nós já estamos a olhar para a nossa vizinha Espanha. Queremos atrair os nossos concidadãos espanhóis, que estão aptos a viajar e que não o vão fazer de avião, mas de automóvel, em pequenos grupos ou com as famílias. O Centro tem capacidade para os poder receber”, referiu o responsável.
Apesar de se mostrar otimista, o dirigente não escondeu a preocupação. “Quando olhamos para um restaurante, uma pequena unidade de alojamento ou uma empresa de animação turística, se não conseguirmos criar uma almofada até outubro, muitas delas não vão sobreviver”, adiantou.
Pedro Machado assegurou que “ao contrário de outras regiões, o turismo que se pratica aqui não é massificado. No Centro de Portugal, a região mais vasta do país, há espaço para todos e tempo para tudo. Quem procura praia, tem ao dispor areais de grandes dimensões na costa e zonas balneares fluviais tranquilas no interior. Para quem prefere o campo e a montanha, há um sem número de possibilidades de férias paradisíacas, em paz e sem ninguém à volta. É essa a mensagem que o Turismo Centro de Portugal tem feito passar nas campanhas promocionais que tem em curso”, salientou.
O Turismo do Centro tem em curso, desde maio, a campanha “Chegou o Tempo”. É, segundo Pedro Machado, uma campanha que surgiu no seguimento da anterior, lançada quando começou a fase aguda da pandemia de Covid-19. “Na altura, pedimos aos portugueses para ficarem em casa, dizendo que “haveria tempo” de visitar o Centro de Portugal”. Com o “Chegou o Tempo”, que é direcionada para o mercado nacional, convidamos os portugueses a recuperarem o tempo perdido, mantendo o rigor”, explicou.
A campanha apresenta a região Centro de Portugal como destino ideal para as próximas férias ou a próxima viagem, “uma vez que é um território mais seguro, onde, ao contrário de outras regiões, não se coloca o problema da aglomeração em demasia dos visitantes”. “Queremos que os portugueses redescubram uma região que surpreende todos os dias pela positiva”, sublinhou o presidente do Turismo do Centro.
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