A estrutura pretende “dar resposta a uma necessidade da população local e também da classe médica que se encontrava preocupada com os longos prazos para marcação de testes”, disse o representante do Grupo Germano de Sousa.
“O novo centro vai permitir obter resultados entre 48 a 72 horas após a realização do teste, reduzindo, assim, as listas de espera”, adiantou.
“Os resultados são enviados por e-mail, não existe manuseamento em papel, para garantir também que eliminamos o risco de contágio”, assegurou o responsável.
Os testes serão realizados apenas mediante a apresentação de requisição médica do Serviço Nacional de Saúde (médico de família/unidades de saúde familiar), sendo gratuito para o utente.
Quem o realizar através de requisição médica de instituições de saúde privadas terá de assumir o custo de 150 euros, tendo o laboratório Germano de Sousa o acordo com várias seguradoras de saúde. “Não tem existido uma procura muito grande de utentes do privado ou através de seguradoras, mas é uma possibilidade e estamos preparados para isso”, garantiu João Rio Tinto, que tem a expetativa de que “90 por cento ou mais serão utentes referenciados pelo SNS”.
A marcação é feita por telefone e os utentes são atendidos por ordem de chegada. O centro tem um fluxo de sentido único, ou seja, a pessoa passa pela receção e depois dirige-se para a área técnica, composta por dois gabinetes para a colheita.
No caso de suspeitos de infetados em domicílio ou em lares, este laboratório vai fazê-los ao local.
Novo centro vem dar resposta a nível local
“Este novo centro de testes Covid-19 é uma necessidade porque tínhamos um único posto de colheitas a funcionar há duas semanas, com um limite de 40 testes”, informou Ana Maria Pisco, diretora do ACES Oeste Norte, adiantando que “com a entrada em funcionamento deste centro está garantida a resposta a nível local”.
A responsável revelou que tem “notado um grande acréscimo de pessoas testadas e por cada pessoa testada positiva tem que haver dois testes negativos. Portanto, isto multiplica em muito a necessidade de fazer os testes e era fundamental ter nas Caldas um outro local para fazer mais testes Covid-19”. .
A responsável espera que os profissionais mais ligados à saúde e de outras instituições do Oeste que estão na linha da frente também “possam agora ser testados”.
A diretora do ACES Oeste Norte assegura que “neste momento não há falta de testes, nem de reagentes nem de zaragatoas” e que vão “testar o máximo de pessoas que pudermos”.
Ana Maria Pisco revelou ainda que no ACES Oeste Norte “nunca faltou equipamento de proteção individual” e que seguiram sempre as regras da Direção Geral de Saúde”. No entanto, salienta a necessidade de o utilizar de uma “forma racional e necessária e não o desperdiçar, porque não sabemos durante quanto tempo é que o vamos utilizar”.
Inscritos na plataforma informática do ACES Oeste Norte, até à passada semana já foram realizados 500 testes ao coronavírus. “Não estão aqui contabilizados os testes feitos ao lar de Santa Catarina e no lar de Turquel ou outras instituições deste tipo, porque saíram deste sistema”, disse a responsável.
Por exemplo, os testes que foram feitos no lar de Santa Catarina “foram feitos no hospital de Santa Maria, precisamente porque não tínhamos aqui ainda capacidade de resposta”, explicou a diretora do ACES Oeste Norte.
Mara Marques, médica do Centro de Saúde das Caldas da Rainha, sentiu com os seus utentes a necessidade de haver mais testes Covid-19 nas Caldas e falou com o representante do Grupo Germano de Sousa no sentido de analisar a possibilidade de abrir um centro local. “Graças à parceria com a autarquia temos aqui a estrutura a funcionar e que irá dar resposta às necessidades locais”, apontou.
Testes a funcionários das IPSS
O presidente da Câmara das Caldas disse que já tinham sido contactado pelo ACES Oeste Norte e que já estava preparado para a eventualidade de haver a necessidade de um segundo centro de testes, na sequência dos acordos que existem entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e os laboratórios.
Tinta Ferreira explicou que “criámos as condições necessárias para que o centro funcione com segurança e disponibilizámos alguns colaboradores do desporto, uma vez que a estrutura está a funcionar no pavilhão”.
A par com o espaço, a câmara facultou ainda à empresa uma linha telefónica e de internet para marcação dos exames, sendo o atendimento assegurado por funcionários do município.
“A existência deste recurso vai possibilitar arrancar com a realização de testes aos funcionários dos lares e também aos colaboradores do apoio domiciliário do concelho”, no âmbito de um processo integrado no conjunto de medidas articuladas com a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), explicou, o autarca.
São, segundo Tinta Ferreira, “90 a 100 euros por cada teste e o Governo paga metade, portanto, no Oeste todo estamos a falar em 5000 funcionários, o que dará cerca de 500 mil euros (250 mil suportados pelo Governo e 250 mil suportados pelos doze municípios que compõem a OesteCim).
No que respeita ao município das Caldas são cerca de 600 colaboradores que tinham de ser testados. Dará 70 mil euros, cabendo à autarquia pagar 35 mil.
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