“Foi um contrarrelógio muito duro, a meio já estava com dores nas pernas, mas é mesmo assim no contrarrelógio. Estava à procura de uma vitória. Espero que este triunfo seja o virar da página para o resto da temporada. Amanhã, na corrida de fundo, vou lutar pela vitória. Na minha equipa sou eu e o André e tudo faremos para ganhar, apesar de o nível ser alto”, salientou João Almeida.
Na luta pelo título de fundo no sábado o percurso dos jovens corredores teve um total de 143,2 quilómetros. O caldense esteve em fuga mais de cem quilómetros, para conquistar o segundo título em dois dias, depois de vencer a prova de contrarrelógio.
A prova começou a definir-se com menos de 20 quilómetros percorridos, quando sete corredores atacaram e passaram a rolar destacados. A ofensiva pertenceu a Gonçalo Leaça (LA Alumínios-LA Sport), Ivo Pinheiro (Miranda-Mortágua), Hélder Gonçalves e Fábio Costa (UD Oliveirense-InOutBuild), Francisco Guerreiro e Marcelo Salvador (Sicasal/Constantinos).
Os fugitivos rapidamente conquistaram mais de dois minutos de vantagem sobre o pelotão, quando soaram as campainhas de alarme. A mais cem quilómetros da chegada, na aproximação à segunda passagem pela meta, João Almeida movimentou-se e conseguiu fazer a “ponte” para a frente da corrida.
Num circuito muito exigente, o grupo da frente desintegrou-se. A cerca de 30 quilómetros da meta, João Almeida e Fábio Costa ficaram sozinhos na dianteira, enquanto no pelotão se sucediam movimentações para tentar alcançar o duo.
Os perseguidores aproximaram-se perigosamente, mas João Almeida e Fábio Costa entenderam-se para discutirem o título a dois. Na dura subida do quilómetro final, João Almeida atacou para triunfar em solitário, ao cabo de 3h41m32s de corrida. Fábio Costa, único dos integrantes da primeira fuga que resistiu até final conseguiu o segundo lugar, a 11 segundos. O terceiro classificado, a 36 segundos, foi João Leite (Vito-Feirense-PNB).
“Senti-me muito bem desde o início. Não tenho medo de arriscar e arrisquei. Penso que fiz um bom trabalho. Nem sempre as coisas correm como queremos, mas hoje foi perfeito. Decidi arriscar naquela altura, porque sabia que os adversários não estavam a contar e que, chegando à frente, tinha margem para descansar um pouco”, explicou João Almeida.
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