Já foi possível comprar o passe municipal (dentro do perímetro de cada concelho) pelo valor não superior a 30 euros. Por exemplo, desde a cidade das Caldas até Santa Catarina o passe tinha o custo de 72,40 euros e agora tem o preço de 30 euros.
As deslocações intermunicipais (dentro do território da OesteCim) custam até 40 euros. Por exemplo, o passe de Caldas a Peniche tinha o custo de 101, 90 euros e agora com a redução tarifária fica a 40 euros.
As ligações inter-regionais com os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, da Lezíria do Tejo e da Região de Leiria têm um desconto de 30%.
O passe combinado (autocarro e metro) da Rápida Verde, para a deslocação diária entre Caldas – Lisboa – Caldas, tinha o custo de 189,50 e passou para 132,50 euros. O passe simples da Rápida Verde (Caldas – Lisboa – Caldas) tinha o preço de 166,40 euros e com a redução tarifária tem o custo de 116,50.
A Rápida Verde das Caldas a Lisboa, efetuando paragens em Óbidos e Bombarral, tem como destino o Campo Grande. Para quem se desloca todos os dias para Lisboa de autocarro e escolhe o Expresso, porque lhe dá mais jeito sair no terminal de Sete Rios, continua a não ter passe com desconto.
Foi na passada segunda-feira, na OesteCim, com os operadores de transportes que operam na área dos doze concelhos, que foi formalizado o acordo no sentido de utilizar a ferramenta PART.
“É um processo que ainda não está completamente concluído no que diz respeito à negociação com o Estado Central para perceber o que temos que fazer para melhorar”, disse o presidente da OesteCim.
“No que diz respeito aos passes inter-regionais o processo também não está de todo fechado”, adiantou Pedro Folgado, acrescentando que estes três operadores de transportes irão continuar a negociação “para perceber se ainda poderá haver algum ajuste no tarifário”.
Além dos descontos no transporte rodoviário, a OesteCim pretende ainda “iniciar negociações com a CP” visando, segundo, este responsável, “aplicar os mesmos princípios aos utilizadores do comboio para não criar assimetrias”. “A CP já foi contatada pela OesteCim e ainda não tivemos qualquer indicação de que poderíamos começar as negociações”, apontou.
Para Pedro Folgado o ideal seria “um passe único para autocarro e comboio”, no entanto, não avançou o que está em cima da mesa e também não revelou datas para o alargamento dos descontos ao transporte ferroviário.
Municípios do Oeste com encargo de 400 mil euros nos passes de estudantes
Para salvaguardar as novas tarifas, os 12 municípios tiveram que, segundo, o presidente da OesteCim, acrescentar cerca de 150 mil euros e, agora, mais 400 mil para os passes de estudantes”.
“Os municípios do Oeste vão assumir um encargo de mais de 400 mil euros para garantir descontos nos passes de estudantes até ao final do ano letivo, mas exigem ao Governo um aumento da dotação para 2020”, explicou Pedro Folgado.
Em causa está uma discordância com o Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) sobre o valor de incidência dos descontos tarifários a aplicar sobre o passe “sub23”, destinado aos estudantes do ensino superior, e o passe “4-18”, destinado aos estudantes do ensino não superior.
“Vamos ter que questionar o Governo porque razão é que o IMTT mudou as regras do jogo”, sublinhou, o responsável, garantindo que não vão deixar de apoiar os jovens “por causa destas questões administrativas”. “Em setembro teremos que perceber e fazer o ponto de situação sobre qual a perspetiva do Governo nesta questão dos passes”, adiantou Pedro Folgado.
O presidente da Câmara das Caldas sublinhou que a OesteCim, os seus municípios e as operadoras criaram condições para que a redução tarifária se iniciasse a 1 de abril, beneficiando o orçamento das famílias. No entanto, apontou que não são claros “alguns aspetos desta medida no que diz respeito à relação entre as comunidades intermunicipais, nomeadamente nas áreas metropolitanas e no nosso caso em concreto é a questão da área metropolitana de Lisboa e estamos a fazer um esforço acrescido por parte da OesteCim no sentido de criar condições para que os nossos concidadãos possam beneficiar na ida para Lisboa”, relatou o autarca.
“Fomos surpreendidos pela decisão do IMTT de não comparticipar o passe “4-18” e “sub-23” da mesma forma como comparticipava anteriormente, mas nós perante essa dificuldade decidimos assumir, no âmbito dos municípios do Oeste, a comparticipação regional até o final do ano letivo para não prejudicar as famílias”, disse Tinta Ferreira.
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