Com a entrada em funções da EIP a 1 de junho, a corporação de bombeiros das Caldas da Rainha ganhou cinco bombeiros profissionais fixos (funcionários da associação humanitária), simultaneamente voluntários, que vão estar em permanência no quartel, de segunda a sexta-feira, das sete da manhã às três da tarde. A medida resulta de um protocolo entre a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Câmara Municipal das Caldas da Rainha (CMCR) e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha (AHBVCR).
A EIP vai atuar durante o ano inteiro e as despesas são suportadas pela ANPC e pela CMCR, cada qual com 32.500 euros.
“Esta equipa tem como objetivo principal atuar dentro do concelho para todas as situações de socorro, dando garantia de sair ao minuto à chamada de emergência. Não vem substituir os voluntários, mas sim complementar o seu trabalho”, relatou ao JORNAL DAS CALDAS o comandante da corporação, Nelson Cruz.
A entrada às sete da manhã complementa a saída dos turnos dos voluntários. Para além disso é uma hora em que começa a haver maior tráfego e maior probabilidade de acidentes, indicou o responsável do corpo de bombeiros.
“Para além das situações mais graves, é importante conseguirmos fazer as ações de rotina – vinte emergências pré-hospitalares, aberturas de porta, salvamento de animais, entre outras. Neste momento vamos dar uma resposta cabal ao concelho”, sustentou o comandante, fazendo notar que “o concelho é muito grande e com uma população significativa”.
Combate a incêndios reforçado
Desde 1 de junho que está reforçado o combate a incêndios, no âmbito do Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), suportado pela ANPC. Uma equipa de combate a incêndios (ECIN), composta por cinco elementos rotativos, a que acrescem mais dois de uma Equipa de Apoio Logístico (ELAC), que transportam o auto-tanque, está em funções até 31 de julho, das oito da manhã às oito da noite, ou seja, 24 horas por dia, pelo qual o serviço é remunerado em 50 euros.
Durante os meses de agosto e setembro haverá duas equipas de ECIN, sem a ELAC.
Para além disso, “temos um corpo de bombeiros com 110 voluntários bem treinado”, sublinhou o comandante, que quer “manter o voluntariado na primeira linha de intervenção”.
Ao nível de viaturas, “estamos num patamar aceitável”, considerou, indicando os cinco veículos de combate a incêndio apoiados por quatro tanques, dois veículos de comando e um de comunicações.
Agradecimento à Câmara e ao presidente da AHBVCR
A AHBVCR e o comando estão a agradecidos à CMCR pelo apoio prestado e por manter em funcionamento a Equipa Permanente de Recurso Operacional (EPRO), composta por cinco elementos rotativos entre toda a corporação.
A EPRO resulta de um protocolo entre a autarquia e a associação humanitária, em vigor desde 1 de dezembro de 2014, e “potencia o trabalho prestado pelos bombeiros” entre as oito da manhã às oito e meia da noite, de segunda a sexta-feira. Custa vinte mil euros à Câmara e dez mil euros à AHBVCR (o menor custo em relação à EIP deve-se ao facto de não haver subsídios de férias nem de natal). A EPRO só não está ativa de junho a setembro.
A EPRO pode sair das Caldas para realizar operações noutras localidades e a EIP também mas só quando solicitada pelo CDOS e autorizada pelo presidente da Câmara. O objetivo principal é, no entanto, atuarem no concelho.
Nelson Cruz faz um agradecimento ao presidente da Câmara e restante vereação, por ser “sensível às matérias da proteção civil e ter a preocupação com um bom socorro às pessoas do concelho”. “É uma despesa adicional mas dá uma capacidade de resposta muito acima da média em relação a outros corpos de bombeiros”, frisou.
Um reconhecimento extensível ao presidente da direção da AHBVCR, Abílio Camacho, sobre quem o comandante disse ser “uma pessoa estimada por todo o corpo de bombeiros”. No seu entender, “temos melhorado e evoluído” pela intervenção do dirigente à frente desta associação, permitindo que “os bombeiros estejam mais preparados”.
Abílio Camacho elogiou, por sua vez, a corporação e o comandante. “Estes bombeiros estão disponíveis sempre que pedimos para fazer o socorro a que horas for. A camaradagem existente é fantástica e tem permitido que haja mão de obra ao longo do ano para obras no quartel, como pinturas, ou trabalhos como reparação e lavagem e desinfeção de viaturas”.
Novas viaturas
Foi adquirida esta semana uma nova viatura de transporte de doentes não urgentes, no seguimento da intenção de substituir veículos com dez ou quinze anos de serviço, de modo a dar outras condições aos utentes e condutores. Custou 41.300 euros.
A corporação tem igualmente uma nova viatura do INEM, que ficará em nome da associação humanitária, apesar de paga pelo INEM. Daqui a seis anos o INEM cederá outro veículo.
O número de viaturas da AHBVCR aumenta assim para 44.
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