Em sua substituição definitiva, até ao final do mandato, estará presente Rui Gonçalves, nº4, que já era o suplente habitual, apesar de Margarida Varela, nº3, ter chegado a ir a reuniões de Câmara. O nº2, Duarte Nuno, declinou essas funções, por motivos profissionais, tal como agora Manuel Isaac e Margarida Varela, abrindo caminho a Rui Gonçalves para ser o candidato à Camara nas eleições autárquicas deste ano.
Apesar de Manuel Isaac já ter assumido ao JORNAL DAS CALDAS que o candidato será Rui Gonçalves, este, tal como a comissão política, não confirmam ainda. “O candidato está escolhido mas terá de ser confirmado pela comissão nacional e só depois será apresentado”, declarou Margarida Varela, na passada sexta-feira, quando o CDS-PP fez uma conferência de imprensa apenas para dar conta da renúncia de Manuel Isaac como vereador.
A ocasião foi aproveitada para elogiar a prestação de Manuel Isaac, “desde a capacidade de trabalho, à desenvoltura com que tem abraçado causas e levado a cabo propostas que se revelaram uma mais-valia para o concelho”.
Margarida Varela destacou “a projeção que deu às Caldas da Rainha ao organizar na cidade um Congresso do CDS”, apontando também algumas das propostas que Manuel Isaac apresentou como vereador, tais como a alteração ao projeto da Praça da Fruta, “que agora está à vista que tínhamos razão, com o estacionamento caótico que não serve a cidade”, a Rota dos Pomares em Flor, “importante como forma de divulgar a nossa agricultura com uma seleção das várias vertentes”, a recolha do lixo “porta a porta” no centro da cidade, o levantamento de terrenos e lotes da Zona Industrial e Parque Empresarial, as “propostas de implementação de critérios para atribuição de subsídios às coletividades, no sentido de serem justos e transparentes”, o voto contra o aumento da água, entre outras.
“Estamos certos que o Rui Gonçalves está à altura de manter o nível de qualidade a que o vereador Manuel Isaac nos habituou”, declarou Margarida Varela.
O vereador cessante descreveu que a sua vida de empresário não lhe permite dedicar-se com atenção à autarquia, razão pela qual transmite a pasta a Rui Gonçalves, depois de sete anos como autarca na Câmara.
Revelou que uma das intervenções que lhe deu maior satisfação foi a que disse respeito à situação dos trabalhadores da limpeza, que “conseguiram ter melhores condições de trabalho e regalias, após uma luta de anos que deu muito orgulho”.
Apesar de abandonar a vereação, não deixará a coordenação distrital do partido e a representação nacional, e também ajudará na campanha eleitoral.
Rui Gonçalves afirmou que continuará a fazer “uma oposição pela positiva”, indicando que “temos visões diferentes [do PSD] do que deve ser feito e uma estratégia que permita que Caldas da Rainha resgate o protagonismo que teve no passado”. Considerou que o concelho “tem potencial suficiente para se afirmar como grande concelho, mas tem vindo a perder serviços e qualidade dos serviços, que é importante recuperar para a qualidade de vida das pessoas”.
Com 59 anos, o arquiteto, natural das Caldas da Rainha, chegou ao CDS como independente mas filiou-se em 2014 e faz parte da comissão política. O urbanismo e o desenvolvimento territorial são a suas áreas preferidas, mas assegurou tentar inteirar-se de todos os assuntos.
Sobre o candidato do PSD, Tinta Ferreira, Rui Gonçalves comentou ser “uma pessoa séria e simpáticas, mas tenho uma visão diferente da dele”, e sobre o candidato do PS, Luís Patacho, “não tenho opinião formada porque não o conheço bem”
Francisco Gomes
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