O quadro foi adquirido pelo lusodescendente Filipe Mendes, que licitou em nome da Misericórdia do Porto.
Esta pintura, sobre cobre, pertence ao período de maior maturidade da pintora com ligações a Óbidos, destacando o detalhe dos pormenores e a atenção em particular que a artista, nascida em Sevilha e que chegou a Portugal em 1634, deu aos tecidos das roupas das figuras representadas.
A obra, segundo a Sotheby’s, podia ser vendida entre os 200 e os 300 mil dólares, tendo feito parte de um leilão dedicado à pintura antiga europeia.
Josefa d’Óbidos viveu entre 1630 e 1684, sendo filha do pintor Baltazar Figueira, natural de Óbidos. É um dos raros, se não mesmo o mais significativo, caso de uma mulher a destacar-se na pintura antes da época contemporânea.
Viveu quase sempre na Quinta da Capeleira, em Óbidos. A reputação que granjeou era de tal ordem que muitos dos que vinham tomar banhos às Caldas da Rainha, se desviavam de seu caminho, para irem a Óbidos cumprimentá-la.
Manifestou desde cedo vocação para a pintura e para a gravura em metal. Trabalhos seus estão espalhados pelo país e pelo mundo.
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