O australiano tricampeão mundial (2007, 2009 e 2013) Mick Fanning, atual líder da competição e vencedor da etapa portuguesa em 2009 e 2014, e o brasileiro Adriano de Souza, que está na segunda posição, são os melhores colocados para triunfarem, mas apenas o primeiro poderá fazê-lo em Peniche.
Mick Fanning parece já estar refeito do susto em julho deste ano, durante uma prova na África do Sul, em que foi atacado por um tubarão branco, e procura juntar mais uma vitória às duas provas em que triunfou este ano – o Pro Bells Beach (Austrália) e o Pro At Trestles (Estados Unidos), chegando a Peniche com a ‘camisola amarela’, símbolo do primeiro lugar da hierarquia.
Adriano de Souza tem uma desvantagem de 450 pontos. O australiano para sagrar-se campeão em águas lusas precisa de vencer o campeonato e que Adriano de Souza seja eliminado na terceira ronda ou antes. Se for o brasileiro a ganhar em Peniche terá ainda que disputar a última prova.
O brasileiro Gabriel Medina, detentor do título mundial e vencedor da última prova em França, é quinto classificado do mundial a 9250 pontos do australiano, e acalenta ténues esperanças, assim como quase uma dezena de surfistas, como é o caso do norte-americano Kelly Slater, que ocupa o sétimo lugar do ranking, a 15750 pontos de Fanning. Kelly Slater pode ser o grande ausente de Peniche, apesar do seu nome aparecer na bateria 7 na primeira ronda. O onze vezes campeão do mundo está lesionado e disse precisar de tempo para recuperar.
Onze etapas compõem o circuito mundial e todos os surfistas descartam os seus dois piores resultados. Cada vitória vale 10 mil pontos e por isso ainda estão 20 mil em jogo. Esta soma faz que os nove primeiros do ranking ainda tenham hipóteses matemáticas de vencer o título. No entanto, em termos práticos, a luta está entre Mick Fanning (1º), Adriano de Souza (2º), Owen Wright (3º), Julian Wilson (4º), Gabriel Medina (5º) e Filipe Toledo (6º).
Fora da corrida estão os três surfistas portugueses que receberam wild-cards (convites). Tiago Pires, “Saca” como é conhecido, em anteriores cinco presenças (falhou em 2013 por lesão) nunca passou da segunda ronda. No ano passado deixou a elite da modalidade. O bicampeão nacional Frederico Morais volta a Peniche, e Vasco Ribeiro, campeão do mundo de juniores em surf e melhor português no ranking mundial de qualificação (ocupa atualmente o 38º lugar), estreia-se entre a elite do surf mundial.
O melhor que um português atingiu em Peniche foi em 2013, quando Frederico Morais chegou à terceira eliminatória depois de ter afastado Kelly Slater na repescagem.
Na primeira ronda, ‘Saca’ vai defrontar Fanning e o havaiano Sebastian Zietz, ‘Kikas’ (Frederico Morais) vai enfrentar Adriano de Souza e o norte-americano Kolohe Andino, recente vencedor do Allianz Billabong Cascais Pro. Vasco Ribeiro mede forças com o australiano Owen Wright, terceiro do ‘ranking’, e com Michel Bourez, da Polinésia Francesa.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Moche Rip Curl Pro Portugal realiza-se entre Peniche e Cascais. Caso as condições do mar não permitam realizar a prova em Peniche, a organização pode levar os surfistas para o palco alternativo em Cascais.
Francisco Gomes
As baterias da 1ª ronda:
Bateria 1: Filipe Toledo (BRA), Jadson Andre (BRA), Tomas Hermes (BRA)
Bateria 2: Gabriel Medina (BRA), Miguel Pupo (BRA), Mason Ho (HAW)
Bateria 3: Julian Wilson (AUS), Keanu Asing (HAW), Caio Ibelli (BRA)
Bateria 4: Owen Wright (AUS), Michel Bourez (PYF), Vasco Ribeiro (PRT)
Bateria 5: Adriano De Souza (BRA), Kolohe Andino (USA), Frederico Morais (PRT)
Bateria 6: Mick Fanning (AUS), Sebastian Zietz (HAW), Tiago Pires (PRT)
Bateria 7: Kelly Slater (USA), Adrian Buchan (AUS), Aritz Aranburu (ESP)
Bateria 8: Italo Ferreira (BRA), Joel Parkinson (AUS), Brett Simpson (USA)
Bateria 9: Jeremy Flores (FRA), Matt Wilkinson (AUS), Ricardo Christie (NZL)
Bateria 10: Nat Young (USA), Kai Otton (AUS), Glenn Hall (IRL)
Bateria 11: Bede Durbidge (AUS), John John Florence (HAW), CJ Hobgood (USA)
Bateria 12: Josh Kerr (AUS), Wiggolly Dantas (BRA), Adam Melling (AUS)
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