Nesta exposição, o artista mostra alguns trabalhos que tem feito ao longo do seu percurso e que hoje pertencem à sua coleção pessoal. “São essencialmente esculturas onde à cerâmica associo o vidro ou o aço inox. Para além destes trabalhos apresento outros que estou a fazer atualmente, que são essencialmente de parede, onde utilizo a pintura de mão livre aplicada diretamente nas peças”, disse Mário Reis.
Para o artista foi com muita satisfação que aceitou o convite para expor no CCC, nas comemorações do Dia da Cidade, porque é caldense, sublinhando que “fora e dentro do país, na informação junto ao meu trabalho, faço sempre referência às Caldas e à tradição cerâmica”.
Carlos Mota, diretor do CCC referiu que a mostra é “um cheirinho caldense que tem uma forçainteressantee que deve ser um motivo de orgulho para as Caldas”.
Mário Reis, descendente de uma família de oleiros em que cinco gerações se dedicaram a essa arte, aprendeu as técnicas da olaria tradicional com seu tio Armindo Reis. Embora tenha crescido ligado a uma tradição secular, seguiu o caminho da busca contínua de novas soluções expressivas. Utiliza como principais técnicas a lastra e a olaria de roda. Como matérias-primas utiliza vários tipos de grés, pasta refractária e na decoração óxidos, engobos e vidrados. A cozedura é feita a uma temperatura de 1180ºC. Em alguns trabalhos conjuga com a cerâmica outros materiais como o ferro, o inox, a madeira e o vidro.
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