O hospital termal reabriu portas na passada segunda-feira, depois da suspensão de tratamentos com água termal, devido ao surgimento da bactéria legionela. A reabertura do hospital tem também como novidade a implementação de um novo tratamento com pedras, em mais uma iniciativa da sua diretora, Conceição Camacho, que desafia os caldenses a irem pelo menos uma vez na vida ao hospital. “Vamos abrir, porque as nossas técnicas têm de facto um brio profissional muito grande, uma nova técnica de massagem com pedras quentes”, disse. O hospital termal atualmente “não é rentável, não se sustenta a ele próprio”, mas tem capacidade para se sustentar e até ajudar a pagar o passivo do hospital distrital. Quem o garante é Conceição Camacho, que revelou que no ano passado foram atendidos 1490 utentes quando as atuais capacidades são de quatro mil utentes. No tempo em que o termal era rentável, tinha o rés do chão em pleno funcionamento e chegou a ter cerca de oito mil utentes. Perante estes números, Conceição Camacho desafiou os caldenses a irem ao hospital termal para ajudar a instituição, a melhorarem o seu estado cínico em doenças agudas que podem ser ali tratadas, privando-se de gastar dinheiro em medicamentos, mas também apelou a que os médicos prescrevam mais tratamentos termais. “Nós temos mais pessoas de fora do que propriamente caldenses. O hospital neste momento está a funcionar mas tem capacidade para mais utentes. Os médicos de família deveriam prescrever mais tratamentos termais aos doentes. Começar desde cedo a encaminhar os doentes para cá seria o ideal, mas sinto que medicina geral e familiar encaminha pouco os utentes para o hospital termal. Envia muito para fisioterapia. Aquilo que um utente paga em tratamento termal, melhora-o substancialmente e sei que ao longo do tempo os doentes consomem muito menos medicamentos para a sua patologia base, logo será mais barato para o Estado e para as pessoas”, declarou. “Por exemplo, os doentes respiratórios e outros, com tratamentos termais, diminuem as crises, têm menos absentismo laboral e escolar, logo faltam menos e trabalham mais. O termal pode ser uma boa forma de produtividade e qualidade de vida para os caldenses e não só. Há pessoas que entram de canadianas e saem sem canadianaso ”, apontou. Para tudo isso seja possível, a diretora clinica do hospital termal desafiou o ministério da saúde a olhar de outra forma para a unidade. “O rés do chão deveria ser reabilitado, deveríamos ter pelo menos uma piscina e assim conseguiríamos ter mais pessoas e sermos rentáveis”, indicou. Segundo Conceição Camacho, nem era preciso atualizar os valores das consultas e dos tratamentos termais para a unidade ser rentável. Mesmo sem prescrição médica qualquer cidadão pode ir ao hospital termal, dirigindo-se à secretária marcando uma consulta, efetuando o pagamento de 25 euros. “Se virmos que pelas perguntas que efetuamos o utente não padece de nenhuma contrariedade pode até passar sem efetuar quaisquer exames. Mas isso depende do que queiram fazer porque existem coisas que não podem mesmo fazer sem os ditos exames. Já aqui foram tratados desportistas, e tentei que viessem mais, porque a maioria das lesões dos desportistas são lesões internas em músculos ou contorções e as águas termais evitariam em muito essas lesões”, comentou. O JORNAL das CALDAS acompanhou a recolha da última análise antes da reabertura, onde se percebeu a complexidade de procedimentos e a necessidade de cumprir uma legislação que obriga todas as semanas a uma vigilância apertada. “Nós cumprimos a legislação da direção geral de geologia e economia, e da direção geral da saúde. São estas duas entidades que fazem o calendário das análises que são necessárias fazer em todas as termas do país. As análises bacteriológicas são semanais e de três em três meses fazemos as análises à legionela”, explicou Conceição Camacho. As últimas colheitas de análise revelaram-se “negativas” à presença de legionela, situação idêntica no que diz respeito à presença de qualquer tipo de bactéria. O surgimento da legionela esteve relacionado “com uma fissura na bomba”, situação que estava identificada e que precisava de ser substituída. “Nós já estávamos há algum tempo com problemas na bomba e como somos responsáveis pelos balneários não podiamos manter o hospital aberto com problemas. Então voltámos a fazer obras na parte elétrica do hospital, o que nos voltou a trazer bastantes despesas”, disse. As análises são realizadas com o acompanhamento da saúde pública e uma equipa de desinfeção, um médico e técnicos especializados. Carlos Barroso
[speaker]
[speaker]
Hospital Termal reabre
29 de Fevereiro, 2012
O hospital termal reabriu portas na passada segunda-feira, depois da suspensão de tratamentos com água termal, devido ao surgimento da bactéria legionela. A reabertura do hospital tem também como novidade a implementação de um novo tratamento com pedras, em mais uma iniciativa da sua diretora, Conceição Camacho, que desafia os caldenses a irem pelo menos […]
(0)
.
Últimas
Artigos Relacionados
Empresa de extração de areias especiais quer alteração no PDM na Serra do Bouro
A Lusosílica, do grupo Parapedra, pretende implementar uma exploração de caulino e sílica na Serra do Bouro, numa zona de 70 hectares que inclui um antigo areeiro que há uns anos ficou conhecido como “lagoa azul”, devido à cor da água que se acumulou no local.
Laço azul para chamar atenção para maus-tratos infantis
Mais de 200 alunos do 1º ciclo ao secundário e professores do Colégio Rainha D. Leonor e do Agrupamento de Escolas Raul Proença formaram no dia 30 de abril, no Campo de Rugby de Caldas da Rainha, um laço humano para assinalar o mês dos maus tratos na infância, uma realidade que ainda persiste.
Caldense em nº6 pelo Livre
A caldense Inês Pires é candidata do partido Livre às eleições europeias em nº6.
0 Comentários