Dinamarca vence Campeonato e Portugal fica em 3º do grupo A Dinamarca conquistou o título de campeã europeia por equipas, ao vencer na final a selecção inglesa por 3-1. O encontro, no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha, teve um confronto de singulares muito disputado (58 minutos de jogo) entre o inglês Alex Lane e o dinamarquês Peter Correl. O atleta britânico venceu por 15-21, 21-14 e 21-16, fazendo o 1-0 para a Inglaterra. Os nórdicos responderam em singulares femininos, com a atleta Julie Finne-Ipsen a vencer a britânica Natalie Chan-Lam por 15-21, 21-11 e 21-18 (34 minutos), empatando a eliminatória (1-1). No terceiro jogo, em pares masculinos, a Dinamarca passou para a frente da eliminatória (2-1) com a dupla masculina – Viktor Svendsen e Mads Sorensen – a superiorizar-se aos ingleses Alex Lane e Sam Parsons por duplo 21-12 (20 minutos). Em pares femininos, a selecção dinamarquesa confirmou a sua supremacia, com as atletas Julie Finne-Ipsen e Isabella Nielsen, a baterem Jennifer Moore e Victoria Williams, por 21-13 e 21-15 (21 minutos), garantindo o título europeu, com um resultado final de 3-1 em jogos. Já a Selecção Nacional terminou a sua participação na primeira fase do Campeonato da Europa de Sub-17 com uma vitória sobre a  Letónia, por 5-0. Nos pares mistos, Daniela Conceição e Hugo Batista ultrapassaram Reinis Krauklis e Ieva Eglite por 21-6, 16-21 e 21-11 (28 minutos). Sofia Setim, em singulares femininos, bateu a letã Jekaterina Romanova pelos parciais de 21-6 e 21-12 (24 minutos), enquanto Duarte Anjo garantiu a vitória lusa, precisando apenas de 18 minutos para superar Reinis Krauklis,  por 21-6 e 21-7. No quarto jogo, Sofia Setim e Daniela Conceição voltaram a levar a melhor sobre a formação de Leste, ultrapassando a dupla constituída por Ieva Eglite e Jekaterina Romanova, por 12-21, 21-12 e 22-20 (39 minutos). A fechar em beleza o duelo luso-letão, Hugo Batista e Bernardo Atilano não deram qualquer hipótese a Kristaps Janis Gulbis e Teodors Kerimovs, como demonstra o resultado final de 21-13 e 21-8. Com este resultado Portugal ficou no terceiro  lugar do Grupo 2 com uma vitória (5-0 sobre a Letónia) e duas derrotas (0-5 com a Bulgária e 0-5 com a Rússia). Para Daniela Conceição, este “foi um jogo muito equilibrado, demos o nosso melhor com muita garra e força. Já tínhamos visto outros jogos, conseguimos perceber o nível da Letónia e sabíamos o que íamos encontrar. Merecemos esta vitória”. Também Sofia Setim considera que deram o melhor. “Entrei em campo muito concentrada e preparada para ganhar. A outra equipa jogou muito bem, mas nós fomos melhores. Agora é continuar em frente e vencer todos os jogos”, afirmou. Para Bernardo Atilano, “foi um bom jogo, onde estivemos bem. Sabíamos que este era o encontro do grupo mais acessível. Tivemos algumas dificuldades com a Rússia que é bastante forte e é vice-campeã. A Bulgária também nos surpreendeu”. Hugo Batista declarou que nesta sua primeira experiência no Campeonato da Europa entrou “para ganhar e nem precisei de olhar para o nosso adversário. Agora é continuar o bom trabalho e jogar bem. Ainda tenho alguns adversários difíceis, como a República Checa e a Dinamarca”. João Matos, presidente da Federação Portuguesa de Badminton, fez um balanço da prova por equipas e uma antevisão da competição individual que teve início no dia 23 de Novembro, declarando que Portugal ficou num grupo forte, com a Rússia e Bulgária. “São potências europeias do Badminton. A Alemanha foi a melhor segunda classificada na fase de grupos e foi apenas por um jogo de diferença para a Bulgária. Para este escalão etário, os nossos jovens ainda têm muita progressão, porque têm a desfavor o facto de ainda não terem os 16/17 anos durante este ano, são ainda mais jovens, e por isso têm potencial de crescimento. Ainda assim, venceram por 5-0 a Letónia e isso deixa-me muito satisfeito. Estão no caminho certo e mostram que estão a dar grandes passos no Centro de Alto Rendimento de Badminton”, disse. Segundo o presidente da Federação, a modalidade não está a ser muito divulgada, mas a tentar contrariar esse facto está a inclusão do badminton no Desporto Escolar, onde tem obtido uma adesão enorme, sendo a terceira modalidade mais praticada. “Estamos a trabalhar bastante melhor do que há anos atrás, numa base mais alargada para termos talentos a emergir, que tenham uma base de relevo e isso vai aparecer mais tarde. Uma coisa é certa, temos estado sempre presentes nos Jogos Olímpicos desde que a modalidade foi incluída na competição em Barcelona (1992). Não é fácil qualificarmo-nos e isto só prova que já temos talentos de grande nível a aparecer”, referiu. Numa antevisão da prova individual, João Matos considera que será diferente, esperando que os sorteios ditem alguma sorte para os jovens nacionais, uma vez que a estrutura física é um factor determinante e como tal não tem grandes esperanças de qualificação. “As expectativas e o meu desejo é que os nossos atletas lutem como até aqui nos jogos que fizeram. No fundo, quero que eles consigam dar o seu melhor, que tirem daqui uma boa experiência internacional”, declarou. Depois de finalizada a competição por equipas, a prova individual conta com a presença de 238 atletas. Carlos Barroso